A terceira noite da 2ª Mostra do Cinema Amazonense será a vez em que o público poderá conhecer obras de novos realizadores da cena local. São os casos de Gecylane Sampaio, Henrique Saunier e Aline Medeiros. Vindo do curta “Os Monstros”, Bernardo Ale Abinader lança o segundo filme da carreira intitulado “Amém”. Francis Madson apresenta os dois novos projetos: “No Céu da Boca Cresceu Saturno” e o inédito “Banho de Cavalo”.

A sessão gratuita acontece a partir das 18h30 no Teatro Gebes Medeiros, na Avenida Eduardo Ribeiro, no Centro de Manaus. Após a sessão, haverá um bate-papo entre os diretores dos curtas com mediação feita pelo crítico Edu Fernandes.

VEJA A LISTA COMPLETA DOS FILMES DESTA QUINTA-FEIRA:

Beto e SusiFilme: Beto e Susi

Direção: Gecylane Sampaio

Elenco: Henrique Saunier

Sinopse: O casal Beto e Susi vive um relacionamento distante e frio, e a chegada de uma terceira “pessoa” piora a situação.

AmémFilme: Amém

Direção: Bernardo Ale Abinader

Elenco: Diego Leonardo, Emerson Nascimento, Carolinne Nunes

Sinopse: O pastor André e seu aprendiz, Renato, estão indo para um culto numa cidade no interior do Amazonas quando seu carro quebra. Enquanto esperam ajuda de uma pessoa da igreja, eles travam uma conversa tensa que traz à tona ressentimentos, conflitos e revelações.

CaboréFilme: Caboré – A Lenda

Direção: José Augusto Pedroza e Orange Cavalcante

Elenco: Vanessa Germano, Jokebedi Lima, Eliane Gois, Erick Rafael, Esau Carvalho

Sinopse: Caboré é uma índia guerreira da tribo dos tefés, seu nome simbolizava sorte e fortuna, era amada por toda sua tribo. Certo dia saiu para  caçar na terra de Juruparí, o espirito do mal e foi arrastada para as profundezas mas o deus Tupã a transformou em uma linda e frondosa árvore, a castanheira.

No ControleFilme: No Controle

Direção: Henrique Saunier Michiles

Sinopse: Documentário experimental que busca analisar os motivos que levam os jovens à depressão e os meios para vencê-la. Proposto para ser uma série documental, o primeiro episódio traz a história de Beto Rocha, jovem diagnosticado com burnout que conseguiu superar momentos obscuros da doença.

AçaíFilme: Açaí

Direção: Orange Cavalcante

Sinopse: Micro documentário realizado na comunidade da Missão, interior do Amazonas, mostra a preparação do vinho do açaí de forma artesanal.

Lavanderia FlóridaFilme: Lavanderia Flórida

Direção: Aline Medeiros

Sinopse: A busca da realização da mente desejo é o que aflige o homem. No caso, dois homens em uma única vida. Seu Cláudio e Tom Jonga compartilham os mesmo ares que circulam dentro de quatro paredes antigas de uma lavanderia.

Banho de CavaloFilme: Banho de Cavalo

Direção: Francis Madson

Elenco: Francis Madson, Denis Carvalho, Ruan Viana, Cairo Vasconcelos e Ícaro Pimenta

Sinopse: Sucessão de micronarrativas poéticas sobre uma árvore (Castanheira), uma Amazônia, corpos e sujeitos como invenções de determinados pensamentos hiperbolizado da região.

Cena de No Céu da Boca Cresceu Saturno, de Francis MadsonFilme: No Céu da Boca Cresceu Saturno

Direção: Francis Madson

Elenco: Victor Kaleb e Amanda Magaiver

Sinopse: Curta é um exercício didático da produção do olho.

Leia a crítica (clique aqui)

DesideriumFilme: Desiderium

Direção: Arthur Charles

Elenco: Fernanda Melo; Arthur Charles e Ramayane Queiroz

Sinopse: Desiderium trata-se do desejo sexual, do desejo pelo outro e daquilo que não se pode ter, imerso nas referências surrealistas do mundo onírico, o trabalho retrata um triângulo amoroso em que um dos constituintes não é correspondido.

Crítica AM: Até Que a Última Luz Se Apague, com Arnaldo BarretoFilme: Até que a Última Luz se Apague

Direção: Williams Ferry

Elenco: Arnaldo Barreto

Sinopse: Roteirizado a partir das transformações comportamentais que afligiram a década de 80 no Brasil e no mundo. A história é alucinante, dramática, urbana e trágica, colocando a personagem principal LEKA mergulhada em DEJA-VUS sintomáticos da doença, ficando refém dos seus fantasmas internos de culpas, por ser transformista e artista de boates e inferninhos em noitadas. A tragédia urbana reflete o caos de uma década que ao deparar-se com os sintomas perversos da doença, julgaram os HOMOSSEXUAIS causadores da epidemia. Colocando assim, a personagem num QUARTO ESCURO, assombrado, delirante e decadente, expondo as fragilidades de uma geração que viveu o caos da chega do HIV. O filme tem linguagem visual, amparado exclusivamente na imagem e nos signos. Tudo é caos nesse cubículo com precipícios solitários e sombrios, levando ao suicídio pelo preconceito de uma geração refém do vírus. A história transporta o público ciclicamente aos sintomas da  doença, partindo do fantasma do medo à loucura, na descoberta da infecção. Na década do medo, onde o terror era transmitido pelo prazer.