O filme mais falado do cinema brasileiro em 2016 estreou bem no Festival de Nova York. Competindo com o debate entre Hillary Clinton e Donald Trump, “Aquarius” teve sessão lotada na noite deste domingo (9), no Alice Tully Hall. Os ingressos, aliás, estavam esgotados há duas semanas. O lançamento contou com a presença do diretor Kleber Mendonça Filho e a protagonista do longa Sônia Braga. As informações são da coluna Baixo Manhattan, do jornal Folha de São Paulo.

Kleber dedicou a sessão de “Aquarius” à curadora da mostra “New Films, New Directors” do Museu de Arte Moderna de Nova York, Jetty Jansen, morta no ano passado vítima de câncer. No local, o cineasta pernambucano exibiu o primeiro longa da carreira, “O Som ao Redor”. Após a sessão de “Aquarius” e sob aplausos, houve gritos de protestos contra o governo Michel Temer.

Ambientado em Recife, “Aquarius” traz a história de Clara (Sonia Braga), jornalista de 65 anos aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem, no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e ameaça para que mude de ideia.