Já está na hora de Liam Neeson desistir de querer ser um herói de ação e procurar algo melhor.
Se não, filmes como Busca Implacável 2 podem jogar por terra a reputação de excelência que o ator construiu a partir de A Lista de Schindler (1993) e que vem mantendo na maioria de seus trabalhos desde então.
Nesta sequência do bom filme de 2008, Neeson reprisa o papel do agente da CIA Bryan Mills, que, após salvar a filha das garras de uma rede internacional de tráfico e prostituição de garotas, tem agora de enfrentar a revanche dos parentes dos vilões mortos no primeiro filme.
Sim, essa é a (inacreditável) premissa para um dos filmes de ação mais tolos e previsíveis dos últimos tempos. Como se ela já não fosse ruim o bastante, confira também algumas das “surpresas” que se seguem ao longo da projeção:
– Os vilões conseguem capturar Bryan e a esposa, Lenore (Famke Janssen), mas não o revistam, deixando que ele mantenha um comunicador escondido na meia;
– A filha de Bryan, Kim, que é adolescente e ainda está aprendendo a dirigir, é orientada pelo pai a guiar um carrão de última linha com enorme perícia pelas vielas de Istambul, capital da Turquia, bem como a traçar mapas complicados em segundos. Um belo potencial para ser a esposa de Chuck Norris;
– Um dos vilões brinca longamente com Lenore antes de matá-la, dando tempo a Bryan de impedir a tragédia. Mills está tão confiante, aliás, que larga a esposa no porão para dar conta do resto dos sequestradores;
– O vilão Murad (RadeSerbedzija, do estupendo “Antes da Chuva”, que deve estar reconsiderando a carreira em Hollywood, eternamente presa aos estereótipos do Leste Europeu), mesmo sabendo que o filho pertencia a uma quadrilha que raptava, vendia e torturava garotas inocentes, se sente no dever de lavar a honra com sangue, tudo porque o rapaz, ora bolas, é seu filho.
A tudo isso, se somam sequências de ação que, embora ainda sejam o ponto forte da franquia, se parecem com as de outras dezenas de filmes recentes, em especial a série Bourne. Eis o decepcionante saldo a que o produtor e roteirista Luc Besson (que, como diretor, já assinou thrillers tão interessantes e originais quanto O Profissional (1994) e O Quinto Elemento (1997) submeteu sua série.
Tanta reclamação pode levar à seguinte pergunta: mas Busca Implacável, o primeiro, era tão bom assim?
Na minha opinião, embora a saga esteja a léguas do patamar alcançado na já citada série Bourne e nos filmes de Paul Greengrass (Zona Verde) e Christopher Nolan (trilogia Batman), o primeiro ainda conseguia ser um filme de ação de boa estirpe, com uma trama ágil, seca e violenta como o protagonista, e que, mesmo dentro dos absurdos habituais (os capangas que nunca acertam os tiros e morrem como moscas, as manobras impossíveis do herói), mantinha os pés no chão, fosseno realismo da ambientação, fosse na sua sóbria denúncia de uma realidade global (o tráfico de pessoas).
Qualidades que poderiam ser exploradas aqui, mas das quais o único vestígio é a presença de Neeson e Serbedzija que, mesmo assim, parecem estar no espírito “só estamos nessa pela grana” deste filme.
eu gostei muito desse filme, mas claro que o primeiro foi melhor. Liam é ótimo ator e você não tem um senso crítico muito bom, ok?
Eu não assisti ao filme Busca Implacável 2
Mas duvido que seja tão ruim quanto afirma
o crítico.
Bahhh, mas o cara que escreveu essa critica sobre este filme das duasuma: ou não sabe que filme é assim mesmo , para atrair o publico e o mocinho sempre tem que vencer no final ou é um baita invejoso e nunca deveria escrever sobre critica de cinema , deveria fazer comentários de partida de futebol da quarta divisão paulista.
Olha só, vi o filme ontem, é exatamente o que foi escrito aqui nesta crítica…conversando com a minha irmã que estava no cinema ontem o filme é totalmente previsível, acho até uma piada o talento do Liam Neeson ser tão desperdiçado com este filme. Cenas absurdas, sinceramente, lamentável
“Na minha opinião, embora a saga esteja a léguas do patamar alcançado na já citada série Bourne e nos filmes de Paul Greengrass (Zona Verde) e Christopher Nolan (trilogia Batman), o primeiro ainda conseguia ser um filme de ação de boa estirpe”
Comentário de quem não entende de cinema. Concordo que o segundo não está à altura do primeiro, mas tecer um comentário deste sobre o primeiro Busca Implacável é uma piada de mau gosto, me desculpe. Opinião é opinião, mas a sua está equivocada.
Eu adorei o primeiro e acho que o 2 deve ser muito bom tambem.E quem tem que gostar somos que assistimos!
Críticas a parte, a maioria das continuações não são melhores que a primeira parte, então….
O primeiro é um excelente filme, então seria muito difícil que o segundo o superasse.
Liam Neeson é um excelente ator e pode fazer qualquer filme que quiser.
Teve cenas muito forçadas e exageradas mesmo para um filme de ação. A filha do protagonista tinha 17 anos no primeiro filme, neste ela já deve ter uns 18. Neste filme o protagonista deixa a mulher sozinha por 2x falando que ela estava em segurança. Aparece uma luta corporal entre o protagonista e um dos bandidos que…deixa. Parece que vai ter 3 em que os filhos do bandido vai se vingar pelo pai, talvez raptem a filha do protagonista no dia do casamento dela.
Só pra quem já viu o filme.
No final do filme, depois de matar metade da Turquia, o camarada volta pra casa e sua maior preocupação e da filha e a prova de direção…
Não bastasse isso, todos vão tomar um delicioso milk-shake na beira da praia e riem da matança como em um comercial de McDonalds, no minimo bizarro.
Parabéns pelas críticas, vc esta completamente certo, o filme é realmente um lixo e despropositado. O finalzinho piegas é de foder, fez com que eu perdesse o respeito pelo personagem principal.