EQUIPE CINE SET – MELHOR DIRETOR

  1. Kléber Mendonça Filho – O Som ao Redor – 77 PONTOS
  2. Alfonso Cuarón – Gravidade – 58 PONTOS
  3. Michael Haneke – Amor – 52 PONTOS
  4. Paul Greengrass – Capitão Phillips – 39 PONTOS
  5. Abdellatif Kechiche – Azul é a Cor Mais Quente – 38 PONTOS

Caio Pimenta

  1. Kléber Mendonça Filho – O Som ao Redor
  2. Alfonso Cuarón – Gravidade
  3. Thomas Vinterberg – A Caça
  4. Abdellatif Kechiche – Azul é a Cor Mais Quente
  5. Paul Greengrass – Capitão Phillips
  6. François Ozon – Dentro de Casa e Jovem e Bela
  7. Miguel Gomes – Tabu
  8. William Friedkin – Killer Joe
  9. Antonio Piazza e Fabio Grassadonia – Salvo
  10. Hilton Lacerda – Tatuagem

Comentários

Cuarón deveria ser o vencedor desta disputa se o trabalho do diretor fosse apenas relativo ao campo técnico. A utilização inovadora do 3D e a criação de planos-sequências incríveis dariam essa vitória fácil. Porém, Mendonça Filho vai além da execução: se “O Som ao Redor” é capaz de registrar as tensões sociais do Brasil dentro de um bairro de classe média do Recife, isso se deve à visão do pernambucano, um misto de cineasta e sociólogo.

O cinema europeu trouxe a consolidação de novos nomes como o português Miguel Gomes (do belo “Tabu”) e de Piazza e Grassadonia (do tenso “Salvo”). François Ozon e Thomas Vinterberg recuperaram o espaço perdido após uma série de trabalhos pouco inspirados. Independente de qualquer polêmica, o domínio de Kechiche sobre a história de “Azul é a Cor Mais Quente” permitiu a força alcançada ao longo das três horas de duração do filme.

Greengrass se recupera do erro de “Zona Verde” e traz a tensão característica das obras dele. A estranheza de “Killer Joe” mostra o quanto Friedkin é um cineasta habilidoso em trabalhar atmosferas sufocantes. Por fim, Lacerda faz uma bela estreia na direção com “Tatuagem”, sem esquecer da força de contestação tanta marcante do período de roteirista.

Menções honrosas: Quentin Tarantino por “Django Livre”, Michael Haneke por “Amor”, Paul Thomas Anderson por “O Mestre”, Kathryn Bigelow por “A Hora Mais Escura”, Woody Allen em “Blue Jasmine”, J.J Abrams por “Star Trek – Além da Escuridão” e Halder Gomes por “Cine Holliúdy”.

Diego Bauer

  1. William Friedkin – Killer Joe
  2. Abdellatif Kechiche – Azul é a Cor Mais Quente
  3. Alfonso Cuarón – Gravidade
  4. Paul Thomas Anderson – O Mestre
  5. Kathryn Bigelow por A Hora Mais Escura
  6. Hilton Lacerda – Tatuagem
  7. Thomas Vintenberg – A Caça
  8. Michael Haneke – Amor
  9. Paul Greengrass – Capitão Phillips
  10. Kléber Mendonça Filho – O Som ao Redor

Comentários

Este foi, com certeza, o top mais difícil de todos. Não necessariamente aqui estão os melhores filmes do ano (apesar de estarem quase todos), pois muitas vezes o filme pode não ser tão bom, mas a direção ser impecável, e levar o filme mediano a um outro patamar. Portanto, como esse é o post com o maior percentual de possíveis injustiças, deixo registrado, logo de cara, uma série de menções honrosas em ordem aleatória: Denis Villeneuve por Os Suspeitos, Robert Zemeckis por O Voo, Danny Boyle por Em Transe, Richard Linklater por Antes da Meia Noite e Ron Howard por Rush.

Feita a limpada de barra, veja quantos grandes cineastas estão nessa lista! Desde surpresas como Abdellatif Kechiche, Hilton Lacerda e Kléber Mendonça Filho a figurões como William Friedkin, Michael Haneke e Paul Greengrass, além daqueles que reforçam suas já estabelecidas carreiras como Alfonso Cuarón, Paul Thomas Anderson, Kathryn Bigelow e Thomas Vinterberg.

Trabalhos dos mais variados estilos, formam uma salada riquíssima, e prova que ainda existe um número considerável de cineastas dispostos e com muito fôlego e personalidade para continuar aquecendo a indústria cinematográfica que teve em 2013 um ano de muitos trabalhos dignos de nota.

Ivanildo Pereira

  1. Kléber Mendonça Filho – O Som ao Redor
  2. Alfonso Cuarón – Gravidade
  3. Michael Haneke – Amor
  4. Paul Greengrass – Capitão Phillips
  5. Kathryn Bigelow – A Hora Mais Escura
  6. Quentin Tarantino – Django Livre
  7. Denis Villeneuve – Os Suspeitos
  8. William Friedkin – Killer Joe
  9. Richard Linklater – Antes da Meia-Noite
  10. Park Chan-Wook – Stoker: Segredos de Sangue

Comentários

Na minha opinião, estes foram os 10 diretores de 2013. Alguns se destacaram pela visão de mundo incomum e pelo belo trabalho com seus atores, que resultaram em experiências emocionantes e diferenciadas – São os casos de Haneke, Villeneuve, Linklater e Friedkin. Outros, por usarem os atores e a imagem como elementos destinados a criar uma experiência estética além de emocional, como Tarantino e Park. Outros dois nomes nessa relação estão aí pela sua capacidade de criar tensão, de fazer com que o espectador seja imerso na história que estão contando – Greengrass e Bigleow.

Mas os dois primeiros se destacam. Cuarón concebeu e ficou trabalhando em Gravidade por anos, e o resultado está na tela. O cineasta nos leva ao espaço, ou pelo menos o mais próximo disso que o espectador de cinema poderá chegar. É uma realização técnica como poucas no cinema, a serviço de uma história simples mas poderosamente emocional. Já o brasileiro Mendonça Filho, uma inspiração para mim como critico cinematográfico, também se mostra um realizador de primeira grandeza. Seu filme, que à primeira vista parece uma colagem de cenas do cotidiano da classe média brasileira, é na verdade um retrato do Brasil moderno, olhando com tensão para o passado e o presente do país. Ambos os filmes são únicos, assim como os artistas que os conceberam.

Renildo Rodrigues

  1. Richard Linklater – Antes da Meia-Noite
  2. Michael Haneke – Amor
  3. Paul Greengrass – Capitão Phillips
  4. Quentin Tarantino – Django Livre
  5. Kathryn Bigelow – A Hora Mais Escura
  6. Kléber Mendonça Filho – O Som ao Redor
  7. Alfonso Cuarón – Gravidade
  8. Woody Allen – Blue Jasmine
  9. Heitor Dhalia – Serra Pelada
  10. Guilhermo Del Toro – Círculo de Fogo

Comentários

Acredito, mesmo, que o ano de 2013 foi bastante satisfatório na quantidade de filmes bons para se ver. Em Manaus, por sinal, demos um salto – modesto, claro, mas um salto, no less – na programação dos filmes.

Claro, ainda não temos um Azul é a Cor mais Quente, o que é uma pena, mas iniciativas como o Festival Varilux, o Cinema pela Verdade e as Vernissages já fizeram de 2013 um ano bem mais proveitoso que os últimos – e nos mantiveram bastante ocupados.

Feito o preâmbulo, resta destacar os nomes que chegaram à lista. Woody Allen é um velho favorito e voltou a mostrar sua maestria na condução de tramas e elencos em Blue Jasmine, sobretudo no domínio assombroso, de tão suave, dos diferentes tempos da narrativa. Paul Greengrass e Kathryn Bigelow mostram uma incrível determinação e senso de propósito – seus filmes têm a rara qualidade de serem absolutamente enxutos, sem um segundo a mais do que o necessário.

Já Quentin Tarantino, que fez, na minha opinião, um dos melhores filmes de 2013, Django Livre, apresenta mais uma combinação explosiva de conhecimento do ofício e talento bruto, sobretudo nas cenas mais climáticas. Dos brasileiros, Heitor Dhalia, com Serra Pelada, e Kleber Mendonça Filho, com O Som ao Redor (finalmente! Eu vi!), mostram o que o cinema brasileiro, dotado de ambição e propósito, pode alcançar. Guillermo Del Toro e Alfonso Cuarón, dois nomes vindos do cinema latino-americano, mostram que são os homens certos para revitalizar as superproduções de Hollywood.

Mas são Michael Haneke e Richard Linklater, que, cada um a seu modo, apresentam o amor e as relações românticas sob uma luz crua, até brutal em sua franqueza, os responsáveis pelos maiores trunfos de direção de 2013: Amor e Antes da Meia-Noite são obras nascidas de uma poderosa determinação, uma visão que envolve elenco, equipe técnica e todos os outros fatores envolvidos para produzir obras de arte, ricas experiências humanas, que só a visão de diretores com o conhecimento e a experiência de Haneke e Linklater – desde já entre os grandes da sua arte – seria capaz de produzir.

Susy Freitas

  1. Alain Guiraide – Um Estranho no Lago
  2. Kléber Mendonça Filho – O Som ao Redor
  3. Michael Haneke – Amor
  4. Park Chan-Wook – Stoker: Segredos de Sangue
  5. Paul Thomas Anderson – O Mestre
  6. Abdellatif Kechiche – Azul é a Cor Mais Quente
  7. Richard Linklater – Antes da Meia-Noite
  8. Paolo Sorrentino – A Grande Beleza
  9. William Friedkin – Killer Joe
  10. Alfonso Cuarón – Gravidade

Comentários

Mais uma lista de extremos. Meu Top 3 fica com realizadores de filmes tensos e com um ritmo nem um pouco “cinema pipoca”, mas que trazem identidades muito bem delineadas: Alain Guiraudie, Kleber Mendonça Filho e Michael Haneke. Valeu muito a pena enfrentar o ritmo diferente de seus filmes para ir além da diversão imediata dos blockbusters; saborear um enredo mais aprofundado, curtir o visual e a atmosfera do filme, ficar intrigado com algum elemento e se pegar pensando sobre o filme semanas depois de assisti-lo, isso é a graça da vida de um cinéfilo.

Também com propostas muito consistentes no decorrer de suas carreiras, Richard Linklater, Paul Thomas Anderson e Chan-Wook Park mostraram em 2013 o que de melhor podem dar ao público: um estilo único de direção permeando roteiros interessantes que resultam em filmes gostosos de assistir. Muito bom também ver William Friedkin retornando ao auge da boa forma estilística com o bizarro “Killer Joe”.

Se a lista fosse “Melhores diretores que fazem filmes de três horas passarem voando”, Abdellatif Kechiche e Paolo Sorrentino teriam ficado com o primeiro lugar! O ritmo que imprimiram em “Azul é a cor mais quente” e “A grande beleza”, respectivamente, fez toda a diferença para os filmes, contribuindo para dar a eles tanto uma identidade própria como para deixar a história “respirar” e permear bem no sensório do espectador.

Por fim, considero Alfonso Cuarón a escolha mais difícil para a lista, pois o roteiro de “Gravidade” fica mais besta quanto mais penso nele, mas a direção criativa tornou o filme tão melhor que seria injustiça ele ficar de fora da lista.

PS: Apenas quatro desses dez filmes foram exibidos em cinemas de Manaus. Que feio…

==============================================================================================

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET

Cada um dos cinco críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 10`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!