MELHOR FILME DE 2015 PELO CINE SET

  1. Mad Max – Estrada da Fúria – 169 pontos
  2. Whiplash: Em Busca da Perfeição – 101 pontos
  3. Que Horas Ela Volta? – 88 pontos
  4. Birdman – 67 pontos
  5. Divertida Mente – 53 pontos


Caio Pimenta

  1. Dois Dias, Uma Noite
  2. A História da Eternidade
  3. Divertida Mente
  4. Mad Max – Estrada da Fúria
  5. Whiplash
  6. Que Horas Ela Volta?
  7. A Gangue
  8. Chatô – O Rei do Brasil
  9. Foxcatcher
  10. O Conto da Princesa Kaguya

Comentários

Faz mais de um ano que vi os dois primeiros colocados na Mostra de São Paulo e, mesmo após tanto tempo sem uma revisita, são duas produções capazes de me encantar a cada lembrança delas. “Dois Dias, Uma Noite” traz na simplicidade a complexa situação europeia (e, agora, brasileira) em que as relações sociais e entre os trabalhadores se esvai pelo medo da crise econômica e o temor do desemprego, revelando os lados obscuros de cada um de nós. Já “A História da Eternidade” coloca o mundo dentro de uma pequena cidade do sertão em que todas as tensões se misturam e explodem no impactante clímax.

“Divertida Mente” trouxe de volta a Pixar de “Toy Story”, “Ratatouille”, “Wall-E”, “Os Incríveis”. Só por isso, já é grande. George Miller trouxe insanidade misturada com poeira e rock com o brilhante “Mad Max”. “Whiplash” também bebeu da fonte da loucura em uma relação doentia interpretadas de maneira tão firmes por J.K Simmons e Milles Teller. “Que Horas Ela Volta?” foi pelo caminho oposto e, na sutileza, criou um retrato social do Brasil dos anos 2000 igual fizera “O Som ao Redor”.

Cinéfilos: descubram o ucraniano “A Gangue”! Guilherme Fontes demorou para entregar o filme, mas, “Chatô – O Rei do Brasil” é um achado da produção nacional, um “Cidadão Kane” tropicalista, tresloucado e corajoso. “Foxcatcher” merece melhor sorte no Oscar, pois, trata-se do produção mais bem acabada de Bennett Miller e com o trio de protagonistas nos melhores desempenhos da carreira. Por fim, “O Conto da Princesa Kaguya” despedaça qualquer durão com uma história encantadora e triste.


Camila Henriques

  1. Mad Max – Estrada da Fúria

  2. Divertida Mente

  3. Acima das Nuvens

  4. Que Horas Ela Volta?

  5. Whiplash

  6. O Ano Mais Violento

  7. Star Wars – O Despertar da Força

  8. Chatô – O Rei do Brasil

  9. Birdman

  10. Ex Machina

Comentários

Títulos como “Mapa para as Estrelas”, “Blind” e “Permanência” quase entraram na lista, mas não houve espaço em meio a um ano que viu a explosão visual de “Mad Max” e um diretor que já parecia descartado, a inteligência e a sensibilidade que há muito a Pixar não entregava com “Divertida Mente” e a melancolia bucólica dos Alpes de “Acima das Nuvens”.

“Que Horas Ela Volta?” levou o cinema brasileiro aos prêmios e festivais e fez (quase) todo mundo colocar a mão na consciência, ao mesmo tempo que colocou “gente da gente” na tela. “Whiplash” deu um algo a mais à história do “mestre e aprendiz” e nos brindou com o combo montagem + trama + atuações nota dez. Ambientado na fria Nova York dos anos 1980, “O Ano Mais Violento” deu um tom cálido ao filme de gângster e trouxe uma antagonista de fazer Lady Macbeth corar.

No time dos blockbusters, “Star Wars” bateu recordes e surpreendeu o público não só com as reviravoltas que imprimiu à saga criada por George Lucas, mas também por não ficar só no saudosismo e nos dar uma heroína pela qual vale a pena torcer. Outro filme aguardado – há mais de 15 anos! -, “Chatô” mostrou que cinebiografias não precisam ser convencionais para contar uma história com efeito.

Vencedor do Oscar de melhor filme, “Birdman” encantou pela fotografia espetacular de Emanuel Lubezki (eu o chamo de Chivo porque sou íntima, brinks) e pelo ritmo frenético que Alejandro Gonzalez Iñarritu imprimiu. Fechando a lista, temos “Ex Machina”, um belo estudo sobre a inteligência artificial.


Danilo Areosa

  1. Whiplash – Em Busca da Perfeição
  2. Mad Max: Estrada da Fúria
  3. Selma – A Luta Pela Esperança
  4. Que Horas Ela Volta?
  5. Dois Dias, Uma Noite
  6. A Travessia
  7. Casa Grande
  8. Corrente do Mal
  9. Eu Estava Pensando Justamente em Você
  10. O Ano Mais Violento

Comentários

Menções Honrosas: 2015 foi um ano interessante para o cinema, com uma mistura equilibrada entre ótimos blockbusters e filmes de arte. Infelizmente alguns ficaram fora da lista final, mas que integrariam facilmente um Top 20: Star Wars – O Despertar da Força, Cássia Eller, Birdman, Ponte dos Espiões, O Homem-Formiga, Hacker, Leviatã.

Em Whiplash, Chazelle realiza um verdadeiro estudo de personagens, obsessões e insanidades, mostrando a linha tênue que separa o ser humano daquilo que deseja. Em segundo lugar, Mad Max: Estrada da Fúria é uma aula cinematográfica insandecida de George Miller de como unir o cinema mais artesanal com o contemporâneo. Já Selma – A Luta pela Esperança foge dos clichês de uma cinebiografia e Ava DeVernay entrega um filme dramaticamente forte, principalmente humano na construção da figura de Martin Luther King.

Que Horas Ela Volta?  mostra a força do cinema nacional de enveredar com qualidade pela critica social. Muylaert reproduz de forma simples, as questões do inconsciente coletivo brasileiro diante das diferenças sociais entre empregado e patrão. Na Europa, os irmãos Dardenne seguem o mesmo caminho em Dois Dias, Uma Noite, uma bela crônica social que sinaliza para a crise européia e das relações capitalistas. Em A Travessia, Zemeckis proporciona uma obra que exemplifica a razão da existência do cinema como ferramenta de construção de sonhos, com direito a melhor sequência do ano.

Por sua vez, Casa Grande é repleto de diálogos irônicos e um humor refinado. Sem dúvida, um belo filme de olhar apurado sobre a crise da classe média. Corrente do Mal representa um exímio exercício cinematográfico de horror quando se discute clima, atmosfera e tensão. Mitchell desenvolve uma assustadora alegoria feminina cheia de metafóras sobre a sexualidade e inseguranças juvenis.

Eu Estava Pensando Justamente em Você é um romance hipster que vai do poético ao melancólico com uma grande facilidade. É basicamente um filme que fala sobre paixões, as neuroses das relações e o quanto nossos desejos geram inseguranças e conflitos não apenas no outro como em nós mesmo. Por fim, O Ano Mais Violento segue a linha intimista dos bons thriller de suspense politico da década de 70, cujo enredo confronta o homem com seus sistemas de valores e crenças e conta com as ótimas atuações de Isaac e Chastain.


Gabriel Oliveira

  1. Mad Max – Estrada da Fúria
  2. Que Horas Ela Volta?
  3. Whiplash – Em Busca da Perfeição
  4. Acima das Nuvens
  5. Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força
  6. Dois Dias, Uma Noite
  7. Divertida Mente
  8. Mapas para as Estrelas
  9. Birdman
  10. Ex Machina – Inteligência Artificial

Comentários

Enfim chegamos ao final: os dez filmes favoritos do ano. Para mim, não tinha como não dar Mad Max. Em todo 2015, não houve outra experiência cinematográfica que fosse tão imersiva e alucinante quanto acompanhar a perseguição de Max, Furiosa e Immortan Joe na Terra desolada e louca de George Miller. Estrada da Fúria é uma obra única e corajosa, daquelas que poucos diretores são capazes de realizar com tamanho sucesso.

No mais, todos os outros lugares foram obras marcantes: a familiaridade e reflexão de Que Horas Ela Volta?; a dinâmica de tirar o fôlego de Whiplash; a profundidade e inteligência de Acima das Nuvens; a empolgação quase infantil de O Despertar da Força; o sofrimento de Dois Dias, Uma Noite; a mais nova e bem-sucedida experiência da Pixar em me fazer chorar em Divertida Mente; a acidez de Mapas Para as Estrelas; o(s) grande(s) plano(s)-sequência fascinantes de Birdman; e a atmosfera instigante de Ex Machina.


Ivanildo Pereira

  1. Mad Max: Estrada da Fúria
  2. Whiplash
  3. Birdman
  4. Ex Machina: Instinto Artificial
  5. O Ano Mais Violento
  6. Que Horas Ela Volta?
  7. Dois Dias, Uma Noite
  8. Divertida Mente
  9. Beasts of No Nation
  10. Perdido em Marte

Comentários

Uma animação “divertidíssima”, alguns dramas muito contundentes, uma ficção-científica sensacional, um drama no espaço que desperta um forte e bem vindo senso de otimismo para com a raça humana… E dois filmes meio difíceis de classificar: o primeiro é um drama sobre as loucuras e dificuldades da produção artística, povoado por figuras autoabsorvidas e neuróticas; e o segundo, o melhor, mais espetacular e mais alaranjado road movie apocalíptico de ação feminista com explosões e batidas de carro da história do cinema (ufa). Foi um ano de ótimos filmes e personagens inesquecíveis, e os dez que compõem o meu ranking possuem, na minha concepção, grande potencial para serem lembrados daqui a 20 ou 30 anos. E talvez, se olharmos bem, podemos encontrar um pouco de otimismo em cada um deles, mesmo que algumas dessas histórias possuam elementos bem sombrios. Até mesmo o cínico Birdman terminava com uma transformação e um sorriso; até mesmo o herói de O Ano Mais Violento faz a coisa certa. Se 2015 foi um ano difícil, sempre podemos ter esperança de encontrar coisas positivas na arte, e estes 10 filmes comprovam isso.


Lucas Jardim

  1. Mad Max: Estrada da Fúria
  2. Que Horas Ela Volta?
  3. Birdman
  4. Adeus à Linguagem
  5. Star Wars: O Despertar da Força
  6. Whiplash
  7. A História da Eternidade
  8. Perdido em Marte
  9. Divertida Mente
  10. A Travessia

Comentários

Escolher um filme para este ano foi difícil pois os dois melhores acertam em áreas muito distintas. “Mad Max: Estrada da Fúria” é basicamente o filme de ação inteligente que queremos ver desde “Batman – O Cavaleiro das Trevas” e “Que Horas Ela Volta?” é o raro longa que consegue abordar seriamente o Brasil contemporâneo sem abrir mão da acessibilidade.

“Mad Max” acabou levando a melhor pra mim por, como “Que Horas”, conseguir tocar em temas atualíssimos e socialmente relevantes ainda dando um jeito de inserir ação desenfreada e estética quadrinesca na panela.

No mais, “Birdman” e “Adeus à Linguagem” experimentaram com a forma de fazer cinema, entregando filmes maduros e imensamente instigantes, enquanto narrativas mais tradicionais como “Whiplash” e “A História da Eternidade” encantaram com roteiros precisos e envolventes.


Renildo Rodrigues

  1. O Conto da Princesa Kaguya
  2. Mad Max: Estrada da Fúria
  3. Birdman, ou a Inesperada Virtude da Ignorância
  4. Vício Inerente
  5. Ex Machina: Instinto Artificial
  6. Divertida Mente
  7. O Ano Mais Violento
  8. Que Horas Ela Volta?
  9. Numa Escola de Havana
  10. Cinderela

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Nada de objetividade. 2015 foi um ano múltiplo, e diversos filmes já estão mais do que consagrados na opinião de gente gabaritada pelo Brasil e o mundo afora. Nada a acrescentar, ainda, às virtudes mais do que cantadas dos magníficos Mad Max e Birdman, bem como de outros filmes multipremiados em festivais e Óscares da vida. Portanto, não falarei deles aqui.

Esta é uma lista baseada na capacidade que certos filmes tiveram de me comover em 2015, mesmo que com propostas, ambições e requintes de produção radicalmente diferentes entre si. É o que me permite, por exemplo, elencar no mesmo top 10 o retrô, cintilante e totalmente desirônico (cunho o termo aqui) Cinderela da Disney, três posições abaixo do épico e desolador O Ano Mais Violento. Ou conjugar o novato Alex Garland (Ex Machina) e o jovem mestre Paul Thomas Anderson (Vício Inerente) no mesmo alto patamar.

Ou constatar, deliciado, a força das mulheres na produção de 2015: dos dez contemplados, oito possuem papéis femininos de grande destaque, quando não de protagonismo.

Mas, as pessoas de carne e osso que me desculpem: O Conto da Princesa Kaguya é não só a melhor coisa que chegou aos cinemas do Brasil no ano passado, como traz aquela força incomum, aquela centelha à prova de relógios e folhinhas, que marca os filmes ditos clássicos. A animação de Isao Takahata, com lirismo, melancolia e beleza arrebatadora nos traços, é minha candidata a maravilha do ano. E não me refiro apenas a 2015.


Susy Freitas

  1. Mad Max: Estrada da Fúria
  2. Birdman
  3. Whiplash
  4. Foxcatcher
  5. O Conto da Princesa Kaguya
  6. Que Horas Ela Volta?
  7. Star Wars: Episódio VII – O Despertar da Força
  8. Ex Machina
  9. Nick Cave – 20.000 dias na Terra
  10. Duas irmãs, uma paixão

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Que ano estranho esse, no qual um blockbuster lidera uma lista de melhores do ano sem isso soar vergonhoso de maneira nenhuma. George Miller lançou um novo patamar para o que esse tipo de filme pode ser com “Max Mad: Estrada da Fúria”, e nós espectadores só temos a ganhar com isso. “Star Wars: Episódio VII – O despertar da força” pode não ter seguido essa nova cartilha, mas se destaca justamente por pegar o que de melhor o formato original da franquia tinha para der e repaginar o resto com sucesso.

Numa linha diferente e tão interessante quanto, meu Top 10 seguiu as merecidas indicações do Oscar 2015 com os excelentes “Birdman”, “Whiplash” e “Foxcatcher”. Não por acaso, foram os filmes mais surgiram nas listas do Cine SET esse ano.

Como representante do time da animação, o melancólico “O conto da Princesa Kaguya” mostrou novamente que Isao Takahata tem total domínio de como nos envolver numa história triste. Já “Ex Machina” pegou essa tristeza e deu a ela toques de terror com sua trama intrincada.

Para alegrar um pouco a lista, o tocante “Que horas ela volta?” soube muito bem como usar a simplicidade a seu favor, e o tom sincero de sua condução foi belo de ver.

Penso que as maiores digressões da minha lista ficam por conta de “Nick Cave – 20.000 dias na Terra”, um documentário que traz experimentações suaves e bem interessantes, e o alemão “Duas irmãs, uma paixão”, que fez com que Dominik Graf fosse possuído pelo espírito de Truffaut por trazer ao filme de época a pegada do francês de maneira tão intensa.


COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos oito críticos do Cine SET elegem o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados no circuito comercial do Brasil entre 1o de Janeiro e 31 de Dezembro de 2015.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!


Veja as outras listas de 2015:

Melhor Cena
Melhor Coadjuvante
Pior Filme
Melhor Atriz
Melhor Ator