O audiovisual do Amazonas estará em dose tripla no Cineamazônia – Festival de Cinema Ambiental 2020: “Zana – O Filho da Mata”, de Augustto Gomes; “O Barco e o Rio”, de Bernardo Ale Abinader; e “O Príncipe da Encantaria” estão selecionados para as mostras competitivas do evento. Em virtude da pandemia da COVID-19, a 17ª Edição acontece de 1 a 5 de dezembro e será online. Participam 41 produções de todas as regiões do Brasil, além de filmes do Peru e Estados Unidos.
“Zana – O Filho da Mata” e “O Barco e o Rio” disputam a categoria de curtas-metragens de ficção com outras 14 produções, enquanto “O Príncipe da Encantaria” concorre entre as animações com mais seis projetos. Todas as produções concorrem ao Troféu Mapinguari.
Segundo a organização, o objetivo central do Cineamazônia é fazer a junção entre a sétima arte e o meio ambiente, divulgando e promovendo a mensagem pela sustentabilidade, o respeito à natureza e à tradição dos povos que dela dependem. Isso sem esquecer de divulgar, integrar e promover discussões em torno da produção de cinema e vídeos nacionais e internacionais,legendados ou narrados na Língua Portuguesa.
CONHEÇA MAIS SOBRE OS FILMES AMAZONENSES DO CINEMAZÔNIA 2020:
Gravado na Vila de Paricatuba, Margens do Rio Negro, e na BR 174, km 10, “Zana” acompanha a história do personagem-título (Remi Sampaio) menino que quase morre afogado após ser ameaçado pelo velho do saco Mamulengo (Gomes de Lima). Salvo por Andí (Aline Cassiano), espírito da Natureza, mãe dos animais e protetora das florestas, ele será encarregado de salvar crianças mantidas prisioneiras pelo Mamulengo e Irene (Lilian Machado). No meio do perigoso caminho, o protagonista se depara com a imprevisibilidade do Curupira (Irê Sampaio). O filme acumula 12 prêmios em sua trajetória, inclundo, o Festival Olhar do Norte 2019 e FestCine Indígena de Águas Belas.
“O Barco e o Rio” segue navegando (péssimo trocadilho, eu sei) pelos festivais brasileiros: o curta de Bernardo Ale Abinader dominou o Festival de Gramado ao levar cinco Kikitos, incluindo Melhor Filme. Também foi selecionado para o Cine Ceará e, recentemente, obteve a primeira seleção para um festival internacional, no caso, o Festival Internacional de Curtas-Metragens de Bogotá, na Colômbia. Produzido pela Fita Crepe Filmes, o curta traz a história de duas irmãs antagônicas que herdam o barco da família. A mais velha e conservadora, Vera (Isabela Catão), vê no patrimônio a vida dela, passando os dias transportando mercadorias e passageiros. Já Josi (Carolinne Nunes) não gosta das restrições da irmã; possui cabeça aberta, mas vê a vida mudar devido a uma gravidez inesperada. A dinâmica da relação é o ponto de conflito do filme.
Dirigido por Izis Negreiros, “O Príncipe da Encantaria” acompanha uma avó e sua neta que passeiam pela praia e observam o rio. A senhora narra para a criança à história de Benito e Manu. Enquanto isso, as imagens intercalam entre a caminhada das duas e a narrativa contada em formato de animação.