A cerimônia de encerramento do Festival de Brasília foi marcada por polêmicas na noite desta terça-feira (22). O diretor Cláudio Assis voltou a ser vaiado no evento. Desta vez, o protesto aconteceu durante o momento em que o cineasta pernambucano foi ao palco receber o prêmio de Melhor Filme pelo longa “Big Jato“.

Cláudio Assis, desta vez, porém, rebateu as vaias. “Fiquem calados, babacas. Vocês vaiaram Rodrigo Santoro por Bicho de Sete Cabeças, vaiaram Vladimir Santoro, que deveria ser homenageado. Eu posso ser bêbado, doido, o que for. Mas não sou isso”, disse o diretor. Vaias também sobraram para a presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Celina Leão (PDF-DF).

Quantos aos prêmios, “Big Jato” levou o troféu de Melhor Filme, Aly Muritiba ganhou na categoria de Direção por “Para Minha Amada Morta”, Matheus Nachtergaele e Marcélia Cartaxo, ambos por “Big Jato”, venceram em Melhor Ator e Atriz, respectivamente. O crítico de cinema Jean Claude Bernardet recebeu o prêmio de especial do júri por “Fome”.

Veja a lista completa dos vencedores do Festival de Brasília 2015:

Filme de longa metragem

– Melhor Filme de longa metragem – Big Jato, de Cláudio Assis
– Melhor Direção – Aly Muritiba, por Para minha amada morta
– Melhor Ator – Matheus Nachtergaele, por Big Jato
– Melhor Atriz – Marcélia Cartaxo, por Big Jato
– Melhor Ator Coadjuvante – Lourinelson Vladmir, por Para minha amada morta
– Melhor Atriz Coadjuvante – Giuly Biancato, por Para minha amada morta
– Melhor Roteiro – Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco, por Big Jato
– Melhor Fotografia – Pablo Baião, por Para minha amada morta
– Melhor Direção de Arte – Monica Palazzo, por Para minha amada morta
– Melhor Trilha Sonora – DJ Dolores, por Big Jato
– Melhor Som – Cláudio Gonçalves e Fábio Bessa, por Fome
– Melhor Montagem – João Menna Barreto, por Para minha amada morta
– Prêmio Especial do Júri – Jean-Claude Bernardet, por Fome

Filme de curta ou média metragem

– Melhor Filme de curta ou média metragem – Quintal, de André Novais Oliveira
– Melhor Direção – Nathália Tereza, por A outra margem
– Melhor Ator – João Campos, por Cidade Nova
– Melhor Atriz – Maria José Novais Oliveira, por Quintal
– Melhor Roteiro – André Novais Oliveira, por Quintal
– Melhor Fotografia – Leonardo Feliciano, por À Parte do Inferno
– Melhor Direção de Arte – Fabíola Bonofiglio, por Tarântula
– Melhor Trilha Sonora – Sérgio Pererê, Carlos Francisco, Gabriel Martins e Pedro Santiago, por Rapsódia para o Homem Negro
– Melhor Som – Léo Bortolin, por Command Action
– Melhor Montagem – Pablo Ferreira, por Afonso é uma Brazza
– Prêmio Especial do Juri (pela feliz conjugação entre o trabalho de direção e à atuação coletiva): História de uma Pena, de Leonardo Mouramateus

Prêmio do Júri Popular (filmes escolhidos pelo público, por meio de votação em cédula própria):

– Melhor Filme de longa metragem – A Família Dionti, de Alan Minas
– Melhor Filme de curta ou média metragem – Afonso é uma Brazza, de James Gama e Naji Sidki

Prêmio Saruê – Conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense

– O discurso de Rodrigo Carneiro, diretor do curta-metragem Copyleft

Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal – Júri Oficial

– Melhor filme de longa metragem: Santoro – O Homem e sua Música, de John Howard Szerman
– Melhor filme de curta metragem: A Culpa é da Foto, de André Dusek, Eraldo Peres e Joedson Alves
– Melhor direção: John Howard Szerman, por Santoro – O homem e sua música
– Melhor ator: Davi Galdeano, por O outro lado do Paraíso
– Melhor atriz: Simone Iliescu, por O outro lado do Paraíso
– Melhor roteiro: Marcelo Müller, Ricardo Tiezzi, José Rezende Jr. e André Ristum, por O outro lado do Paraíso
– Melhor fotografia: Lelo Santos, por Escuro do Medo
– Melhor montagem: Armando Bulcão, por Alma palavra Alma
– Melhor direção de arte: Beto Grimaldi, por O outro lado do Paraíso
– Melhor edição de som: Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Eduardo Virmond, O outro lado do Paraíso
– Melhor captação de som direto: Toninho Muricy, por O outro lado do Paraíso
– Melhor trilha sonora: Alessandro Santoro, por Santoro – O Homem e sua Música

Troféu Câmara Legislativa do Distrito Federal – Júri Popular

– Melhor filme de longa metragem: O outro lado do Paraíso, de André Ristum
– Melhor filme de curta metragem: Ninguém nasce no paraíso (matriz proibida), de Alan Schvarsberg

Prêmio ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo: Conferido pela ABCV – Associação Brasiliense de Cinema e Vídeo a profissional do audiovisual do Distrito Federal

– Homenagem ao ator Gê Martu

Prêmio Canal Brasil – Cessão de um Prêmio de Aquisição no valor de R$ 15 mil e o troféu Canal Brasil

– Melhor filme de curta metragem selecionado pelo júri Canal Brasil -Rapsódia para o homem negro, de Gabriel Martins

Prêmio Exibição TV Brasil – O título premiado integrará a programação da emissora.

– Melhor filme de longa metragem – Santoro – O Homem e sua Música, de John Howard Szerman

Marco Antônio Guimarães – Conferido pelo Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro para o filme que melhor utilizar material de pesquisa cinematográfica brasileira.

– Santoro – O Homem e sua Música, de John Howard Szerman

Prêmio Abraccine

– Melhor filme de longa metragem: “Por construir, através de imagens potentes, o ressentimento e a obcessão de seu protagonista, e pela construção de uma crescente tensão dentro de cada plano do seu filme, o juri concede o prêmio da crítica de melhor longa metragem a Para minha amada morta, de Aly Muritiba.”

– Melhor filme de curta metragem: “Por fazer o retrato sensível de uma solidão, usando a música como condutor narrativo do sentimentos, humanizando um personagem à princípio duro e impentrável, o júri Abraccine concede o prêmio da crítica para melhor curta metragem À outra margem, de Nathália Tereza.”

Prêmio Saruê – Conferido pela equipe de cultura do jornal Correio Braziliense.

– O discurso de Rodrigo Carneiro, diretor do curta-metragem Copyleft

informações e vídeo do Correio Brasileiense