O ator escocês Gerard Butler parece ser boa gente, alguém com quem poderia ser legal tomar uma cerveja e bater papo. E também parece ser um sujeito que realmente gosta de trabalhar com cinema. Mas… o cara só faz filme ruim, não há como relevar isso. Sério, permita-me ser bem pessoal, caro leitor: eu não sei de nenhum filme bom com ele. Muita gente tira sarro do Nicolas Cage e ele merece, afinal o sobrinho do Francis Ford Coppola faz muita porcaria. Mesmo assim, nos últimos tempos na carreira do Cage, tem aparecido um Mandy (2018) ou um A Cor que Caiu do Espaço (2019) de vez em quando. E o Adam Sandler? Bem, fez recentemente Joias Brutas (2019), que é melhor que toda a filmografia do Butler. Não tem jeito, o escocês é o rei do filme ruim, o homem-bomba do cinema moderno, e parece que está ficando cada vez mais canastrão também, piorando como ator, cada vez mais um bloco de concreto à medida que envelhece.
Por isso, é surpreendente que seu novo filme, Destruição Final: O Último Refúgio seja… Ok. Assistível. Divertido, até.
Destruição Final é um filme catástrofe dirigido pelo ex-dublê e diretor Ric Roman Waugh, que inclusive dirigiu Butler ano passado no longa de ação Invasão ao Serviço Secreto (2019) – interessantemente, também o “melhorzinho” da trilogia dos filmes Invasão a alguma coisa. Em Destruição Final, temos aquela trama padrão do gênero catástrofe: Um cometa está passando pela órbita da Terra, e o que inicialmente é curiosidade logo se transforma em assombro e terror quando o cometa começa a se partir e seus fragmentos passam a causar devastação global. Ao longo da história, acompanhamos a família de John Garrity (Butler) enquanto eles buscam chegar a um local seguro, um bunker construído pelo governo na Groenlândia.
E tome clichês no caminho: o garotinho Nathan (Roger David Floyd) precisa de insulina! John e sua esposa Allison (Morena Baccarin) estão com o casamento em crise! O maior perigo não é nem o cometa, são os outros seres humanos lutando para sobreviver! Milhões de pessoas morrem, mas se nossos heróis escaparem, então ficará tudo de boas! É o tipo de história que já vimos dezenas de vezes e que praticamente se escreve sozinha, nem precisa de roteirista.
BOBAGEM DIVERTIDA
E é daquele tipo de roteiro que torce para o espectador não questionar algumas coisas, como o tal do “aviso presidencial” que o protagonista recebe, uma loteria que sorteia quem pode embarcar para o tal bunker. O filme pinta um retrato de um plano governamental funcional e conduzido por pessoas aparentemente eficientes e com empatia, o que sugere que já deviam saber do tal cometa com antecedência – mesmo assim, não avisaram as pessoas? E a cena final do longa também é bem boboca…
Então, o que eleva Destruição Final? Ora, a forma inteligente como é filmado, e alguns dos seus atores. Waugh e sua equipe conseguem criar um apocalipse com orçamento médio, fazendo uso de engarrafamentos na estrada, uma direção de arte apurada – em dado momento o filme parece tentar recriar a cena do saque do supermercado de Guerra Mundial Z (2013) e até faz um trabalho decente nesse quesito – e só em momentos específicos lança mão de destruição via computação gráfica. A direção faz o filme fluir e o CGI da produção é bom e eficaz, provavelmente por ser usado com parcimônia: não há aqui grandes e exageradas cenas de destruição à la filmes de Roland Emmerich como Independence Day (1996) ou 2012 (2009), nem nada do tom espalhafatoso dessas obras.
Apesar de a trama ser uma grande bobagem, o tom de Destruição Final é sério e dramático e os atores o tratam assim. Baccarin tem uma atuação sólida e em vários momentos carrega o filme nas costas – é uma boa atriz que deveria estar recebendo projetos melhores. O garotinho é um mala, algumas vezes causando problemas para os protagonistas, mas aí não é culpa do jovem Floyd, e sim do roteiro. E ao longo da história, bons atores e veteranos das telas como Scott Glenn e Holt McCallany trazem um pouco de dignidade ao filme, com participações sólidas que ajudam a elevar as coisas nos momentos em que estão em cena.
Já Gerard Butler, esse continua durão em cena. Como o astro do filme, e também um dos seus produtores, ele não consegue deixar de ser a alma do projeto. Destruição Final não é de jeito nenhum grande cinema, mas para quem se dispuser a vê-lo… bem, digamos que se trata de um filme-catástrofe muito feijão-com-arroz do gênero, mas é bem temperadinho por algumas qualidades específicas. É uma bobagem divertida, coisa que o outro filme-catástrofe recente de Butler, Tempestade: Planeta em Fúria (2017), passava longe de ser. 2020 foi tão louco que até o blockbuster anual com Gerard Butler acabou sendo, desta vez, um passatempo assistível. É, talvez o apocalipse esteja próximo mesmo…
Que critica mais imbecil, chamar um ator do calibre do Butler de canastrão? Que page e colunista sem noção.
Crítica de alguém muito chata. Sou só um cinéfilo. Não entendo tudo de cinema. Clichês são habituais… Sempre haverá repetições. O que não desqualifica atuações dos protagonistas. Um enredo que prende o espectador do início ao fim. Drama, ação, aventura e suspense do início ao fim. Não levem a opinião deste a esmo. Desde que me entendo por gente nunca ousei abrir a boca para falar que algum filme do Gerard Butler é ruim. Pelo contrário por onde passo só escuto elogios a está ator mesmo alguns não sabendo o nome dele. Resolvi justamente fazer essa pesquisa e acabei aqui. Dando outra pequena versão. Pois bem é isso.
Poxa caro escritor, dizer que não sabe de nenhum filme bom com o Geraldo mordomo foi de doer hein? Gladiador e 300 são gemas! Mas concordo com você em relação ao filme, sim ele é divertido, mas é bem mais ou menos.
Gladiador?
Clichês são clichês por um motivo, eles funcionam há muito tempo. A análise do crítico foi muito pessoal e nada parcial, pelo que vemos no texto, o crítico não gosta do Gerard e deixou seu gosto afetar a análise do filme.
“Escreve sobre cinema desde 2010, após ter feito o curso Teoria, Linguagem e Crítica Cinematográfica, do crítico Pablo Villaça…”
risos… rsrsrsrs
O q esses bostas de “diretores” sabem de intreterinto, passa tempo? O que eles sugerem em fazer de melhor? Vai trabalhar, faça algo de útil que tenha algum resultado plausível.