O plenário do Senado aprovou na noite de quarta-feira, dia 16, a indicação de Débora Ivanov para a diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine), na vaga deixada por Vera Zaverucha. A votação terminou com 52 votos favoráveis, quatro contrários e uma abstenção. Na véspera, a produtora já havia sido chancelada pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte da casa por unanimidade.

Conhecida por sua atuação na Gullane Entretenimento, Débora tem cerca de 15 anos de serviços prestados ao audiovisual, com uma filmografia que inclui de Bicho de Sete Cabeças ao longa escolhido do Brasil a uma vaga no próximo Oscar, Que Horas Ela Volta?. É membro, desde o ano passado, do comitê gestor do Fundo Setorial do Audiovisual da Ancine e do conselho consultivo da SPCine.

Em sua exposição diante da Comissão de Educação, Cultura e Esporte, a produtora destacou os números ascendentes do mercado audiovisual brasileiro, como a quantidade de títulos produzidos e ingressos vendidos ao ano. Ressaltou ainda importância da criação da Lei 12.485, que estabeleceu cotas de conteúdos nacionais na TV, e seu impacto para o aquecimento da produção e a arrecadação da agência.

A produtora, no entanto, apontou alguns impasses criados pelas novas demandas criadas pela lei, principalmente em relação às deficiências de mão de obra do setor. Débora adiantou que a formação de profissionais será um dos focos de sua atuação na agência. Ela também citou a necessidade de simplificar processos da Ancine com “métodos mais dinâmicos de gestão”.

Além de produtora, Débora Ivanov também é advogada, com curso de desenvolvimento de conselheiros da Fundação Dom Cabral e MBA de gestão estratégica da Fundação Getúlio Vargas. Para ocupar a cadeira na diretoria colegiada da Ancine, ao lado de Rosana Alcântara e Roberto Gonçalves de Lima, terá que se desligar de seus vínculos com a iniciativa privada. Sua posse agora depende da assinatura da presidente Dilma Rousseff.

do site Filme B