Quando a Academia de Ciências Cinematográficas de Hollywood divulgou a lista dos pré-selecionados ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, uma exclusão chocou o mundo do cinema. Não foi o austríaco “Happy End”, de Michael Haneke, ou o brasileiro “Bingo – O Rei das Manhãs”: o esnobado da vez foi o francês “120 Batimentos por Minuto”. Tal fato ainda repercute na indústria americana e Barry Jenkins saiu em defesa do projeto dirigido por Robin Campillo. As informações são do site Indiewire.

Em uma série de postagens no Twitter, o diretor do ganhador do Oscar de Melhor Filme, “Moonlight – Sob a Luz do Luar”, demonstrou toda a admiração em relação ao longa francês. Segundo Barry Jenkins, o impacto da cena em que os personagens decidem seguir em frente o comoveu bastante pela paciência e sensibilidade como os diálogos são desenvolvidos, além de considerar o longa todo extraordinário. O cineasta ainda acha que “120 Batimentos por Minutos” deveria ser o projeto do momento no cinema mundial por mostrar algo atual sobre a luta das pessoas pelas próprias vida contra um sistema altamente burocrático e também do simbolismo da batalha pelo reconhecimento do próprio corpo.

“120 Batimentos por Minuto” se passa na França do início dos anos 1990. O grupo ativista Act Up está intensificando seus esforços para que a sociedade reconheça a importância da prevenção e do tratamento em relação a Aids, que mata cada vez mais há uma década. Recém-chegado ao grupo, Nathan (Arnaud Valois) logo fica impressionado com a dedicação de Sean (Nahuel Pérez Biscayart) junto ao grupo, apesar de seu estado de saúde delicado.