O jornal The Sunday Times revelou uma história polêmica dos bastidores da versão live-action de “Alladin”. Segundo a publicação britânica, a produção precisou utilizar maquiagem para escurecer o tom da pele de diversos figurantes nas gravações ocorridas em Longcross, a 50 minutos de Londres e região conhecida pelas heranças indiana, paquistanesa, bengali e árabe existentes no local.

“A Disney está mandando a mensagem de que a cor de nossa pele, nossa identidade, nossas experiências de vida não equivalem a nada e podem ser lavados. É lamentável, mas é como a indústria funciona e não há motivo para reclamar, já que nada vai mudar. Me pergunto se fosse ao contrário – atores morenos fossem contratados e tivessem suas peles clareadas para fazer, por exemplo, a família real – se isso seria visto de forma ok”, declarou Kaushal Odedra, ator que participou do projeto em setembro de 2017.

O estúdio confirmou que está fazendo o processo de escurecimento da pele dos figurantes, pois, se concentrou em pessoas habilidosas em saber lidar com camelos e em dançar. “Esse é o elenco mais diverso já reunido para um filme live-action da Disney. Mais de 400 dos 500 figurantes são indianos, africanos, do Oriente Médio ou asiáticos”, informou a Disney. O diretor Guy Ritchie se recusou a responder sobre a polêmica.

“Alladin” conta com Will Smith interpretando o Gênio da Lâmpada, Mena Massoud como protagonista, Naomi Scott de Jasmine e Marwan Kenzari de Jafar. A produção estreia nos cinemas mundiais em 2019.