A Itália está recebendo com entusiasmo sua melhor participação no Festival de Cannes em 20 anos, como um sinal de uma nova vida em uma indústria que tinha perdido o brilho desde os dias em que Roma foi apelidada de “Hollywood do Tibre”.

Quatro filmes italianos estão competindo no festival de cinema de maior prestígio do mundo, que termina no domingo (24). O Ministério da Cultura diz que essa é a mais forte presença da Itália no evento desde 1994.

Para o ministro da Cultura, Dario Franceschini, a seleção mostra que o cinema italiano está recuperando o poder que tinha durante o boom econômico do país após a Segunda Guerra Mundial, quando uma geração de diretores, incluindo Federico Fellini, ganhou prestígio mundial e os estúdios da Cinecittà “trouxeram estrelas para Roma”.

O realismo fantástico de Matteo Garrone em “Conto dos Contos”, o filme “Juventude”, de Paolo Sorrentino, sobre a velhice, e o semi-autobiográfico “Minha Mãe”, de Nanni Moretti, integram a competição principal, enquanto “O Outro Lado”, de Roberto Minervini, está em exibição na mostra Um Certo Olhar.

O país está agora bem suprido de cineastas talentosos e o desafio é exportar o seu trabalho de forma eficaz, disse Andrea Leone, que dirige a empresa cinematográfica fundada por seu pai, Sergio Leone, pioneiro do faroeste espaguete.

“Durante os últimos dois anos, tivemos um renascimento”, disse Leone, citando o Oscar de Sorrentino por “A Grande Beleza”, em 2013, como um momento de reconhecimento internacional.

da Agência Reuters