A atriz britânica Emma Watson pediu no domingo (8) que mais homens e meninos assumam uma posição em prol dos direitos das mulheres e tenham orgulho de ser feministas, em uma tentativa de dar impulso a uma campanha mundial para unir homens e mulheres na luta pela igualdade de gênero.

Emma, de 24 anos, embaixadora da boa vontade da ONU Mulheres, aproveitou o Dia Internacional da Mulher para reforçar a campanha Ele por Ela (HeForShe), lançada em setembro e que incentiva homens e meninos a participarem da luta pela igualdade de direitos.

Até agora, cerca de 240 mil homens prometeram se empenhar, de acordo com o site da HeForShe, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e o ator Matt Damon, mas há uma meta de mobilizar um bilhão de homens e meninos até julho.

“Tem havido uma onda sólida de apoio, mas precisamos que mais homens tomem uma posição pela igualdade de gênero”, afirmou Emma em um debate sobre a igualdade de gênero, no Facebook em Londres. “Os homens geralmente pensam que feminismo é uma palavra para mulheres … mas se você se posiciona pela igualdade de gênero, você é feminista.”

Emma, que se tornou famosa ao interpretar a personagem Hermione Granger nos filmes da série “Harry Potter”, disse que a campanha não é sobre os homens salvarem mulheres e também convidou as mulheres a endossarem a luta. “É desconfortável e constrangedor para as mulheres reconhecerem que há um problema, mas precisamos entender que somos cúmplices”, disse.

A atriz afirmou estar satisfeita com a resposta à iniciativa IMPACTO 10x10x10, um projeto piloto de um ano de duração, lançado em janeiro, que busca obter o comprometimento de governos, empresas e universidades para a emancipação das mulheres e igualdade de gênero. Vários países, incluindo a Suécia, os Países Baixos e a Serra Leoa, apoiaram a campanha, afirmou.

Quando lhe perguntaram sobre a igualdade de gênero em uma escala mundial, Emma elogiou o poder das mídias sociais por permitir que meninas e mulheres possam interagir com outras pessoas que lhes poderiam dar conselhos e apoio.

As pessoas presentes na plateia, convidadas pela ONU Mulheres para participar do evento, apresentaram online as suas histórias sobre o que tinham feito para promover a igualdade de gênero.

Jacob Anderson, de 24 anos, um designer sueco, afirmou apoiar ativamente os direitos das mulheres em fóruns online e mídias sociais. “A igualdade de gênero deveria ser um assunto mais falado do que é atualmente … não faz sentido que as mulheres e os homens não tenham direitos iguais”, declarou Anderson à Fundação Thomson Reuters no evento, em Londres.

da Agência Reuters