“Não instale seus peões aqui”, diz um cartaz no prestigiado Instituto de Filmes e Televisão da Índia, onde a nomeação de um ativista nacionalista hindu como presidente desencadeou um mês de protestos por parte de estudantes.

Na maior indústria cinematográfica do mundo, algumas pessoas temem que a escolha indique um esforço do partido nacionalista hindu, do primeiro-ministro Narendra Modi, de controlar o meio de comunicação mais poderoso da Índia.

Novas indicações na escola cinematográfica balançaram um setor já incomodado por mudanças no poderoso painel de certificação cinematográfica do país, após seu chefe e alguns membros terem renunciado, culpando o governo por interferência.

“Qualquer um que seja são, que pense, ficará preocupado”, disse o cineasta Kiran Rao, que falou contra a nova junta de certificação. “Isso está afetando o jeito pelo qual funcionamos.”

Não há evidências ainda de que o governo de Modi, há 14 meses no poder, tenha influenciado significativamente o tom ou o conteúdo dos filmes, mas preocupações têm crescido de que possa interferir no perfil liberal do setor, em meio a uma sociedade majoritariamente conservadora.

Os populares filmes indianos, embora ainda cheios de cenas de músicas e danças, recentemente têm abordado tópicos mais pesados, tais como abusos de direitos humanos pelo Exército na disputada região da Caxemira, no Himalaia, homossexualidade e o sistema de castas.

da Agência Reuters