Uma juíza federal dos Estados Unidos descartou uma ação antitruste que acusava grandes estúdios de animação de Hollywood de tentarem reduzir os salários dos animadores por meio de uma conspiração para evitar o roubo de talentos.

Em uma decisão emitida na sexta-feira, a juíza Lucy Koh, do distrito de San Jose, na Califórnia, declarou que uma prescrição de quatro anos venceu muito antes de setembro, quando os animadores processaram a Walt Disney e suas unidades Lucasfilm e Pixas, além de Sony, DreamWorks Animation e a Blue Sky Studios, da 21st Century Fox.

Koh tampouco encontrou provas de que existe uma conspiração “em andamento” dos estúdios para não atrair profissionais uns dos outros ou de que eles tentaram ocultar sua documentação, o que poderia anular a data de prescrição.

“A alegação de que os réus praticaram uma conspiração secreta não mostra que os réus adotaram medidas intencionais para iludir”, escreveu Koh em seu veredicto de 32 páginas.

Ela concedeu aos autores da ação uma permissão para reformular sua ação civil.

Os advogados dos demandantes não responderam de imediato aos pedidos de comentários nesta segunda-feira.

Os animadores acusaram os estúdios de reduzirem os salários a partir de 2004 evitando procurar funcionários, compartilhando notícias sobre ofertas de emprego e concordando em não disputar empregados cobrindo ofertas salariais.

A ação trouxe à tona muitas das questões por trás de uma investigação de 2009 do Departamento de Justiça norte-americano a respeito do processo de recrutamento no Vale do Silício –a meca tecnológica dos Estados Unidos– e um acordo de 415 milhões de dólares mediante o qual Apple, Google, Intel e Adobe concordaram em não seduzir seus respectivos engenheiros.

Koh aprovou este acerto no mês passado. Lucasfilm, Pixar e Intuit firmaram um acordo semelhante no valor total de 20 milhões de dólares cobrindo outras categorias de empregados.

Os nomes dos autores no caso dos animadores são a iluminadora Georgia Cano, o artista de efeitos de personagens Robert Nitsch e o engenheiro de produção David Wentworth.

da Reuters