O filme “Mulher-Maravilha”, que tem como protagonista a atriz israelense Gal Gadot, foi retirado da programação de um festival de Argel, após uma onda de críticas nas redes sociais e de pedidos para sua proibição.

Os organizadores afirmaram à AFP que a retirada foi motivada por problemas nos direitos de exploração e não pela campanha contra sua exibição, provocada pela participação de Gal Gadot no filme.

No Facebook, Gal Gadot defendeu em 2014 a ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza.

O filme deveria ser exibido no dia 8 de junho em Argel, mas neste domingo não aparecia no programa “modificado” da 2ª edição do Noites de Cinema, organizado por ocasião do Ramadã pela empresa privada de distribuição MD Ciné e o centro público Artes e Cultura de Argel.

“O filme será reprogramado quando os requisitos administrativos ligados aos direitos de exploração estiverem solucionados”, afirmou à AFP Amine Idjer, diretor de comunicação da MD Ciné.

Uma campanha on-line pede a proibição do filme na Argélia e o texto afirma que a “atriz principal elogia o ataque com fósforo branco contra Gaza”.

A petição considera ainda “inaceitável” que a data prevista para a exibição coincida com “50º aniversário (do começo) da ocupação da Faixa de Gaza durante a Guerra dos Seis Dias”, que aconteceu entre 5 e 10 de junho de 1967.

O Líbano proibiu na semana passada a exibição do filme pela presença da atriz israelense na produção.

“Mulher-Maravilha” será exibido em outros países árabes como Tunísia, Emirados Árabes Unidos e Egito.

da Agência France Press