Centenas de cinéfilos se reuniram diante de um telão gigantesco na favela de Mathare, na cidade de Nairóbi, nesta segunda-feira (24), para dar início ao Festival de Cinema da Favela, que pretende desafiar a percepção destes locais como antros de crime e pobreza.

O festival inusitado, que está em seu quinto ano, é uma plataforma para documentários e curta-metragens produzidos em ou sobre favelas de todo o mundo.

“Há uma história de dois lados”, disse Solomon Mwendwa, diretor de 28 anos do festival, à Thomson Reuters Foundation. “Há o lado feio (das favelas), mas também há muito talento nestas favelas que precisa ser exposto.”

Um dos filmes de maior destaque em exibição no evento de seis dias é de George Nsamba, cineasta de Uganda que cresceu nas favelas da capital Kampala.

Cerca de um terço dos mais de 30 filmes em cartaz foram feitos por quenianos criados nas favelas, e outros vêm de países variados como Argentina, Malásia, Nigéria e Estados Unidos.

da Agência Reuters