Lucas Martins estreou como diretor de curtas-metragens com “Barulhos”. A produção selecionada para a Mostra do Cinema Amazonense 2016 trazia um homem sozinho, dentro de casa, lidando com sons estranhos sons vindos da própria residência. Este clima de paranoia também se faz presente em “O Homem de Preto”, segundo filme de Lucas com estreia prevista até o fim do ano.

Feito com o apertado orçamento de R$ 550 em agosto, “O Homem de Preto” terá duração de até 9 minutos mostra um relacionamento em declínio em que um homem não está seguro da fidelidade da namorada. Enquanto isso, ele começa a ser perseguido por um homem de preto. Primeiro nos sonhos e, em seguida, na vida real. O roteiro foi escrito pelo amigo de Lucas, o também realizador audiovisual Max Michel (“O Compromisso”). Rodrigo Queiroz e Talita Lima são os protagonistas, enquanto Guilherme Bindá, Lucas Barbacovi e Tininha Leite completam o elenco.


Max Michel e Lucas Martins no processo de montagem de “O Homem de Preto”

Considerando adotar uma simplicidade na narrativa da história ao usar os aspectos clássicos da linguagem do cinema, Lucas analisou as convergências dos dois filmes da carreira: “Ambos os filmes mostram situações diferentes, porém, possuem personagens que tentam descobrir algo que pode fazer um grande impacto na vida deles. “Barulhos” é um conflito que mexe com uma natureza desconhecida, com grandes possibilidades de ser extraterrenas. Enquanto em “O Homem de Preto” mostra um conflito de natureza humana. O medo de ser deixado, o desconforto de não poder confiar na pessoa que você ama”, afirmou o diretor.

As gravações foram realizadas durante seis dias no V8, zona centro-sul de Manaus, onde o diretor mora. “Depois do meu primeiro curta, o Max me apresentou um roteiro novo que tinha escrito já fazia um tempo. Este roteiro veio ser “O Homem de Preto”. Porém, no início deste ano acabamos realizando um videoclipe. E a pós do Homem de Preto teve de ser adiada”, explica Lucas, salientando os apoios da Plongée Produções, Amacine e do fotógrafo Bernardo Oliveira na produção, além de Wesley Santos e Bruno Pereira na direção de fotografia.


Arte conceitual de “O Homem de Preto”

Sobre o futuro no cinema, Lucas Martins acredita que investir em fazer filmes vai muito além do hobby. Apesar de admitir o cansaço e o complicado processo de fazer um trabalho de qualidade, ele considera que o resultado é recompensador. “A força de vontade de realizar filmes é uma das minhas formas de amor pelo cinema. Um amor em que meu objetivo sempre foi continuar, progredir e investir”, completa.