George Clooney se pronunciou sobre o cancelamento da comédia “A Entrevista” após ameaças feitas por hackers responsáveis pelo vazamento de documentos da Sony Pictures. O astro defendeu o estúdio americano e criticou a atuação tanto da imprensa quanto de setores de Hollywood durante todo o caso.

“A Sony não lançou o filme porque eles estavam com medo. Eles seguraram o lançamento porque todas as redes de cinema disseram que não vão exibi-lo. Eles falaram com seus advogados e esses disseram que se alguém morre, eles serão os responsáveis”, disse Clooney. O ator se disse revoltado por não ter conseguido adesão dentro de Hollywood para um abaixo-assinado solicitando que a indústria ficasse junta e não cedesse às chantagens dos hackers. “Eu não vou dar nomes aqui, mas ninguém quis assinar à carta”, disse.

Clooney ainda elogiou a estratégia dos hackers em constranger os executivos da Sony para criar antipatia perante o público. “Depois da piada de Obama, ninguém ia ficar do lado de Amy, e assim, de repente, todos correram para as montanhas. Olha, eu não posso me desculpar por essa piada, é o que é, um erro terrível. Isso foi usado como arma de medo. Eles sabem o que escreveram em e-mails e têm medo”, declarou o astro.

Por fim, o ator americano alfinetou a imprensa em geral ao se aproveitar do vazamento e não fazer uma análise mais profunda do caso. “Eu passei a infância dentro de redações. Eu entendo que alguém olha pra uma história de pessoas famosas e deseja publicá-la. Não há muito o que fazer sobre isso. Não há como legislar sobre o bom gosto. O problema é que tinha uma enorme notícia e ninguém estava prestando atenção. Eles estavam curtindo isso tudo em vez de dizer: ‘Espere um pouco, é a Coreia do Norte quem está fazendo isso? E se for, nós nos curvaremos diante disso?”, afirmou Clooney.