O romance “Me Chame Pelo Seu Nome” pode ter ganhado um Oscar de roteiro, e “A Bela e a Fera”, atração familiar da Disney, tem um personagem homossexual, mas no ano passado os filmes dos grandes estúdios de Hollywood tiveram a menor porcentagem de personagens lésbicas, gays, transgênero e bissexuais desde 2012, de acordo com um relatório divulgado nesta terça-feira.

O grupo de defesa de gays e transgênero Glaad disse em seu informe anual Índice de Responsabilidade dos Estúdios que, dos 109 lançamentos dos sete maiores estúdios em 2017, só 14, ou 12,8 por cento, incluíram personagens LGBTQ.

O Glaad pediu que 20% dos lançamentos anuais de Hollywood incluam um personagem gay, lésbica, transgênero, bissexual ou de gênero fluido até 2021, elevando essa taxa para 50% da produção até 2024.

Sucessos de bilheteria como “Mulher Maravilha” e “Pantera Negra” destruíram a noção, já antiga nos estúdios norte-americanos, de que filmes que destacam mulheres ou pessoas de cor não têm apelo global, disse o Glaad.

 “É hora de histórias LGBTQ serem incluídas nesta conversa”, disse a presidente do Glaad, Sarah Kate Ellis, no relatório.

A entidade elogiou títulos como o filme de tênis “A Guerra dos Sexos”, o vencedor do Oscar de melhor filme “A Forma da Água” e “Uma Mulher Fantástica”, filme independente chileno sobre um transgênero que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro em março.

da Agência Reuters