Um juiz de Nova York determinou nesta sexta-feira que o produtor de cinema Harvey Weinstein, protagonista do escândalo de abusos sexuais que abalou Hollywood, terá que pagar US$ 1 milhão de fiança para deixar a prisão em liberdade condicional, utilizando uma tornozeleira eletrônica.

O famoso produtor, que se entregou hoje em uma delegacia de Nova York, já antecipou que pretende pagar a fiança. Além disso, o juiz determinou a apreensão do passaporte de Weinstein e decretou que suas viagens dentro dos Estados Unidos sejam limitadas.

A promotoria do distrito de Manhattan acusou Weinstein de estupro em primeiro e terceiro graus por incidentes envolvendo duas mulheres, um em 2004 e outro em 2013. Como é comum nesses casos, a identidade das vítimas não foi divulgada.

No entanto, o ano de um dos casos (2004), coincide com a denúncia feita pela atriz Lucia Evans, que afirmou que Weinstein a obrigou a praticar sexo oral nele durante uma viagem de negócios.

O advogado de Weinstein, Benjamin Brafman, afirmou ao sair do tribunal que seu cliente se declarará inocente assim que a acusação formal for feita pela promotoria do distrito de Manhattan.

Segundo o advogado, Weinstein afirma que as relações sexuais mantidas com as vítimas foram consensuais. A defesa diz que provará que os promotores não têm evidências sólidas para condenar seu cliente pelos crimes de abuso sexual e estupro.

“As acusações contra ele estão apoiadas em fatos ou evidências. No fim do processo, Weinstein será inocentado”, afirmou.

Brafman também confirmou a jornalistas que o juiz fixou uma fiança de US$ 1 milhão em dinheiro, já paga por Weinstein, e que decretou que o passaporte do produtor fosse apreendido.

“Ele sempre afirmou que qualquer relação sexual foi consensual. Muitas dessas denúncias já prescreveram e são eventos que supostamente ocorreram há muitos anos”, disse Brafman.

O advogado não descartou que durante o processo haja uma acareação entre Weinstein e as vítimas que o acusaram.

da Agência EFE