A proposta de criação de uma Secretaria de Cultura para compensar a extinção do ministério ligado ao setor está descartada. O motivo seria a elevação em até 50% dos salários dos servidores caso o órgão fosse criado e ligado diretamente à Presidência da República. Desta forma, o destino da cultura no governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) será mesmo a fusão com o Ministério da Educação. As informações foram divulgadas pelo jornal ‘O Globo’, na edição desta segunda-feira (16).

Segundo o jornal, auxiliares próximos a Temer informaram que, em um momento de contenção despesas com fusões e extinções de pastas, elevação de salários seria uma medida que não seria considerada um bom sinal. Ainda conforme ‘O Globo’, Temer exigiu do titular do MEC, Mendonça Filho, que consiga um nome relevante para comandar a área cultural e que seja uma mulher.

A expectativa de Mendonça Filho, de acordo com o jornal, é de que até a próxima terça-feira (17) seja divulgado o nome responsável pela cultura dentro do MEC. ‘O Globo’ ainda informa que a ex-secretária de Cultura do Rio de Janeiro durante o governo Sérgio Cabral, Adriana Rattes, está sendo cotada para o cargo.

Importantes entidades do setor cultural do Brasil como, por exemplo, a Rede de Festivais de Teatro do Brasil e o Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes Municipais de Cultura das Capitais e Regiões Metropolitanas já se posicionaram contrários ao fim do MinC. Abaixos-assinados contra a fusão do MinC com a Educação também ganharam força nos últimos dias.