Criada para defender os interesses dos grandes estúdios de Hollywood, a Motion Picture Association of America (MPAA) está disposta a brigar pela presença dos cigarros nos filmes. Uma ação na Justiça americana cobra que qualquer referência ao produto seja proibida em filmes com classificações indicativas menores com possibilidade de acesso de crianças. As informações são do site do jornal inglês The Guardian.

O MPAA, porém, está disposto a contestar a ação judicial. Para o órgão, os filmes são opiniões dos realizadores e retirar qualquer elemento fílmico seria uma forma de censura. A entidade alega que as classificações indicativas devem refletir o que a maioria dos pais americanos acha que seus filhos podem ver.

Liderados por Timothy Forsyth, os autores da ação judicial argumenta que os filmes não são protegidos pela Primeira Emenda da Constituição Americana, segundo o Hollywood Repórter. Para o grupo, há comprovação científica de que o fumo na tela influencia adolescentes. Entre os casos apontados pelo grupo opositor aos cigarros está a presença do produto em blockbusters como “007 Contra Spectre”, “Transformers – A Era da Extinção” e “A Mulher de Preto”.

“A denúncia afirma que os réus não pode determinar uma certificação PG-13 ou menor em filmes com imagens do tabaco, porque eles sabem que foi cientificamente provado que sujeitar as crianças a tais imagens irá resultar na morte prematura de mais de um milhão deles”, declarou Forsyth.

O MPAA alega, entretanto, que a ligação entre o cigarro nos filmes e a possível influência em jovens é “muito atenuada e especulativa para determinar os perigos”.