Como não poderia deixar de ser, a coletiva de imprensa de “The Birth of a Nation” teve momentos embaraços para o diretor e ator Nate Parker. Para quem não sabe, ele e co-roteirista do filme, Jean Celestin, foram acusados, em 1999, do estupro de uma estudante na Universidade Penn State. Os jornalistas presentes no Festival de Toronto bem que tentaram arrancar alguma declaração do cineasta, mas, ele acabou evitando o assunto. As informações são do site The Hollywood Reporter.

“Já discuti esse assunto várias vezes. Estou certo que farei isso outras vezes em diferentes espaços. Mas, aqui, é sobre o filme, para as pessoas que estão ao meu lado. Não é apenas sobre mim. Não quero tornar refém da minha vida pessoal”, declarou Nate Parker após ser questionado sobre o estupro.

O Caso Nate Parker: a morte de um Oscar?

Durante a coletiva de imprensa, Parker deixou a equipe de “The Birth of a Nation” falar mais na tentativa de desvencilhar o filme das acusações contra ele. A atriz Penelope Ann Miller fez um apelo. “Seria uma pena se as pessoas não dessem uma oportunidade de ver o filme e julgar por si próprias”, afirmou.

Apesar das controvérsias, “The Birth of a Nation” foi ovacionado pelo público presente no Festival de Toronto, sendo aplaudido de pé durante sessão na sexta-feira. O filme traz a história de Nat Turner (Nate Parker), um escravo letrado e pregador, usado pelo seu proprietário Samuel Turner (Armie Hammer) para acalmar os escravos rebeldes. Depois de testemunhar inúmeras atrocidades, no entanto, ele decide elaborar um plano e liderar o movimento de libertação do seu povo. A produção estreia no dia 26 de janeiro de 2017 nos cinemas brasileiros.