A plataforma digital Netflix prepara uma obra derivada de “House of Cards”, notícia que chega poucas horas depois de ser divulgado que a bem-sucedida série de intriga política terá fim em 2018, com a sexta temporada.

Os novos rumos de uma das séries mais importantes do catálogos da Netflix surgiram no domingo com o escândalo que afeta o protagonista, Kevin Spacey, acusado de assédio sexual pelo também ator Anthony Rapp. Porém, de acordo com o site especializado “TV Line” o fim de “House of Cards” já estava decidido há meses e isso nada tem a ver com a polêmica sobre Spacey.

Com a conclusão definida, a revista especializada “Variety” informou que a Netflix está na primeira fase de preparação de um potencial “spin-off” que aconteceria no mesmo universo político de conspirações e traições do casal Frank e Claire Underwood, personagens interpretados por Kevin Spacey e Robin Wright. São ventiladas várias ideias, entre elas uma que giraria em torno do assessor político Doug Stamper vivido por Michael Kelly.

O escândalo de Spacey agitou todos os envolvidos em “House of Cards”. Diante disso, a Netflix e a produtora Media Rights Capital divulgaram um comunicado conjunto afirmando que se reuniram com a equipe da série para garantir que “continuam se sentindo seguros e apoiados” e disseram que estão “profundamente consternados” com as acusações contra o ator. Conforme a nota, Kevin Spacey não está gravando neste momento.

Depois da revelação de Anthony Rapp, o astro entrou na mira de Hollywood e a sua carreira ficou abalada.

O caso teria acontecido em 1986, quando Rapp tinha 14 anos. Spacey disse não lembrar do episódio, mas fez um texto pedindo desculpas. A história veio à tona depois que Rapp deu uma entrevista ao portal “Buzzfeed” revelando o que teria acontecido durante uma festa no apartamento de Spacey em Nova York.

Rapp era o único adolescente no evento, então se entediou e foi para um quarto ver TV. Conforme contou, Spacey entrou no cômodo, se aproximou e se jogou em cima dele com intenção de ter relações sexuais.

“A minha lembrança era… ‘bom, todos já foram. Eu deveria voltar para casa'”, explicou Rapp à publicação. No entanto, Spacey “parou na frente da porta, enquanto cambaleava. A minha impressão é de que estava bêbedo”.

“Ele estava tentando me seduzir. Estava ciente de que estava tentando fazer sexo comigo”, contou.

Embora os grandes nomes da indústria permanecem calados sobre o caso – ao contrário do ocorrido com o produtor Harvey Weinstein, acusado por dezenas de mulheres de assédio e abuso sexual -, algumas vozes criticaram, especialmente, a decisão de Spacey reconhecer ser homossexual como via de escape perante o ocorrido.

da Agência EFE