James Franco

James Franco era nome certo na disputa do Oscar por “O Artista do Desastre”. A vitória no Globo de Ouro e a indicação ao SAG já tinham demonstrado isso. Porém, a denúncia de conduta inapropriada nos sets de filmagens em relação às mulheres o derrubaram. Quem aproveitou o momento foi Denzel Washington que, mesmo fazendo um filme sem grande força (“Roman, Israel Esq”), conquista a oitava nomeação.

“Projeto Flórida”

“Projeto Flórida” era para ser o filme independente da temporada de premiações. Tinha uma trama bonita com pegada social, uma atriz mirim encantadora, um ator experiente em um dos melhores trabalhos da carreira e um diretor revelação. A crítica adorou, apareceu em diversas listas de fim de ano. Só que vieram os sindicatos e nenhuma lembrança. O resultado veio no Oscar com apenas a nomeação de Willem Dafoe em Ator Coadjuvante. Uma decepção tremenda.


Martin McDonaugh, por “Três Anúncios Para um Crime”

O maior rival de “A Forma da Água” na briga pelo Oscar é “Três Anúncios Para um Crime”. A disputa que parecia acirrada, porém, sofreu um duro baque com a exclusão de Martin McDonaugh da categoria de Melhor Direção. A não ser que ocorra algo semelhante ao feito de “Argo”, de Ben Affleck, as chances do longa protagonizado por Frances McDormand ficar com a estatueta de Melhor Filme diminuíram bastante.


Armie Hammer, por “Me Chame Pelo Seu Nome”

Como esperado, “Me Chame Pelo Seu Nome” conseguiu indicações em importantes categorias como Melhor Filme, Ator com Timothée Chalament e Roteiro Adaptado com James Ivory. Porém, havia uma expectativa de que Armie Hammer conseguisse barrar Woody Harrelson, de “Três Anúncios Para um Crime”, por uma das vagas de Melhor Ator Coadjuvante. Não deu.


Holly Hunter, por “Doentes de Amor”

Holly Hunter estava bem cotada para a vaga de Melhor Atriz Coadjuvante pelo desempenho no simpático “Doentes de Amor”. Quando o filme obteve uma vaga em Melhor Roteiro Original, imaginava-se que a indicação estava assegurada. Porém, Lesley Manville surpreendeu e pegou a vaga pelo grande azarão da disputa, “Trama Fantasma”.

“Eu, Tonya”

É verdade que “Eu, Tonya” conseguiu as indicações que se esperava dele: Melhor Atriz para Margot Robbie, Allison Janney (favorita) em Melhor Atriz Coadjuvante e Montagem. Fica, porém, a sensação de que a produção poderia ter ido melhor com nomeações para Melhor Filme, Roteiro Original e, especialmente, Maquiagem. Para quem vinha forte nos prêmios dos sindicatos, o filme perdeu o gás na reta final.

“Em Pedaços”

Definitivamente, a categoria de Melhor Filme Estrangeiro é algo para ser estudado de tão incompreensível que é. Candidato da Alemanha, “Em Pedaços” estava surgindo como a produção a ser batida e até falava-se em Diane Kruger para Melhor Atriz. Vem o Oscar e não dá chances ao filme, tirando-o até mesmo da indicação. Isso deixa a categoria aberta e com ótimas chances de “Uma Mulher Fantástica”, do Chile, sair vencedor.

“Mulher-Maravilha”

Maior bilheteria de um filme dirigido por uma mulher, sucesso de público, salvação da DC Comics, indicado ao prêmio do Sindicato dos Produtores dos EUA… Nada disso comoveu a Academia de Hollywood e “Mulher-Maravilha” ficou sem nenhuma indicação ao Oscar 2018. E pensar que até “Guardiões da Galáxia 2” foi indicado.

Mariah Carey, Ariana Grande, John Legend

O Oscar não repetiu o Globo de Ouro e deixou sem espaço estrelas da música pop. Mariah Carey não vai poder soltar a voz pela canção de “A Estrela de Belém” nem Ariana Grande e John Legend vão repetir o dueto de “A Bela e a Fera”.


“Jane” e “City of Ghosts”

Dois dos principais favoritos ao Oscar de Melhor Documentário ficaram no meio do caminho. “Jane” e “City of Ghosts” não foram nem indicados pela a Academia. Sem os dois, Agnés Varda tem grandes chances de receber a estatueta dourada por “Visages Villages”.