O cineasta neozelandês Peter Jackson prepara um filme em 3D para celebrar o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, como parte de uma série de comemorações no Reino Unido, que também contarão com a participação do diretor Danny Boyle, informou nesta segunda-feira a organização 14-18 NOW.

A entidade, cujo nome se refere às datas do conflito, iniciado o 28 de julho de 1914 e que terminou com o armistício de 11 de novembro de 1918, revelou os eventos previstos para este ano, que terminarão um programa lançado em 2014 com o qual colaboraram 200 artistas de 35 países, com obras expostas em 160 localidades do território britânico.

Em 2018, Jackson, que dirigiu a trilogia “O Senhor dos Anéis”, apresentará um filme em 3D sobre a I Grande Guerra elaborado com material de arquivo cedido pelo Museu Imperial da Guerra, que foi melhorado com tecnologia moderna.

“Os resultados que obtivemos são incríveis. Mais do que o imaginado”, declarou o diretor.

A produção, que combinará as imagens, pinturas à mão, com material de áudio da emissora pública “BBC”, “não é um filme típico” da Primeira Guerra Mundial, aponta Jackson.

“Os rostos dos homens saltam sobre o espectador. São os rostos, as pessoas que ganham vida neste filme”.

Além deste trabalho, estão sendo preparados vários atos de todos os gêneros e formatos que acontecerão entre março e novembro e se encerrarão com um evento criado por Danny Boyle, diretor artístico da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2012, cujos detalhes não foram revelarados.

Entre os eventos previstos está uma marcha de mulheres em vários pontos do país para comemorar os cem anos da lei que autorizou o voto feminino.

Também será inaugurada na praça do Parlamento de Londres uma estátua da ativista Millicent Fawcett, idealizada pela artista Gillian Wearing, enquanto William Kentridge exporá na Tate Modern uma obra sobre africanos que participaram da I Guerra Mundial.

Heiner Goebbels apresentará uma nova composição musical e Duke Riley colocará em cena a “performance” “Fly By Night”, que lembra o papel dos pombos como mensageiros no conflito, entre outras obras musicais, literárias e de teatro e dança.

da Agência EFE