A primeira mulher a escrever uma crítica de cinema e teatro em um jornal dos EUA, Betty French Jarmusch, morreu no último dia 15 de novembro. A notícia, entretanto, somente veio à tona neste fim de ano. Ela também é conhecida por ser a mãe de Jim Jarmusch, diretor de sucessos como “Amantes Eternos” e “Paterson”. As informações são do site El País.

A carreira de Betty como crítica de arte começou aos 20 anos no Akron Beacon Journal, em Ohio, na década de 1940. Em um dos principais textos, ela destacou o trabalho de um jovem ator de 23 anos destaque do filme “Uma Rua Chamada Pecado”. Era apenas Marlon Brando. Durante a trajetória, a jornalista entrevistou nomes como Ginger Roberts, Wallace Beery e Artie Shaw.

Em 1948, Betty French conheceu o marido Robert Jarmusch e deixou o jornalismo, indo trabalhar como voluntária de museus de arte. Mesmo assim, a jornalista seguiu escrevendo até os 90 anos. O diretor Jim Jarmusch falou sobre a influência da mãe para a carreira: “Ela é uma mulher de mente aberta, muito interessada em história, literatura, arte e, claro, cinema. Ensino para mim e meus irmãos que não se pode julgar uma pessoa por sua aparência, condição econômica ou raça”, declarou, lembrando ainda da ocasião em que assistiu o faroeste “Colinas da Ira” com Betty e a irmã. “Provavelmente era muito pequeno para ver este filme, mas, minha mãe era muito fã do Robert Mitchum. Foi uma grande aula”, completou.