O filme brasileiro “Que horas ela volta?”, de Anna Muylaert, ganhou o prêmio da Confederação de Cinemas de Arte e Ensaio na seção Panorama do festival de Berlim neste sábado (14).

A premiação foi boa para o cinema latino-americano, já que o filme chileno “O botão de nácar”, de Patrício Guzmán, também recebeu neste sábado o Prêmio do Júri Ecumênico, uma antessala aos Ursos que serão entregues na cerimônia noturna deste sábado.

O longa de Muylaert fala sobre a espera da filha de uma migrante nordestina que vai para São Paulo tentar uma vida melhor. Anos depois, quando a menina se muda para encontrar a mãe, interpretada por Regina Casé, um conflito com seus empregadores complica a situação da família.

“Que horas ela volta?” já tinha ganhado o prêmio de melhor interpretação feminina no Festival de Sundance, nos Estados Unidos, dividido entre Regina Casé e Camila Márdila.

O documentário de Guzmán fala sobre os desaparecidos lançados ao mar pela ditadura de Augusto Pinochet, e do genocídio infligido às comunidades indígenas pelo colonialismo e está entre os favoritos para os prêmios oficiais do Festival de Berlim.

Também foi agraciado pelo júri independente “Victoria”, do alemão Sebastian Schipper e interpretada pela espanhola Laia Costa, que recebeu o prêmio “Guild” de criação artística cinematográfica e o dos leitores do jornal berlinense “Berliner Morgenpost”.

Estes prêmios independentes se somam aos entregues ontem pela Federação Internacional de Críticos de Cinema (Fipresci), cujo ganhador na seção oficial foi “Táxi”, do iraniano Jafar Panahi.

A cerimônia de entrega dos Ursos começará às 15h (de Brasília). Os premiados foram escolhidos pelo júri liderado pelo diretor americano Darren Aronofsky.

As apostas divulgadas estes dias pelos imprensa apontam como favoritos aos Ursos do festival “45 Years”, do britânico Andreas Haigh, interpretado por Charlotte Rampling.

Ele é seguido pelo “O clube”, do chileno Pablo Larraín, “O botão de nácar”, de seu compatriota Patrício Guzmán, e “Ixcanul”, do guatemalteco Jayro Bustamante, e “Eisenstein in Guanajuato”, filme de Peter Greenaway.

Além disso entre os favoritos estava “Victoria”, do alemão Sebastian Schipper, rodado em plano sequência, onde tudo gira ao redor de uma jovem espanhola, interpretada por Laia Costa, e “Táxi”, de Panahi.

da Agência EFE