Enquanto visitava a abertura de um museu judaico na sua terra natal, a cidade de Varsóvia na Polônia, o cineasta Roman Polanski foi detido pelas autoridades. Ele foi também questionado sobre um mandado de prisão pendente sobre ele proveniente da justiça dos Estados Unidos. Oficiais americanos pediram que o diretor fosse preso, mas depois desse interrogatório, as autoridades polonesas o deixaram ir.

Autor de clássicos do cinema como “Chinatown”, “O Bebê de Rosemary” e “O Pianista”, Polanski é procurado pelas autoridades americanas desde 1977. Naquele ano, o cineasta assumiu sua culpa por ter drogado e abusado da jovem Samantha Geimer, na época com 13 anos. Liberado após ter cumprido uma pena de cerca de 40 dias, o diretor abandonou o país e nunca mais voltou aos Estados Unidos, onde é considerado um foragido da justiça.

Essa não é a primeira tentativa de prisão de Polanski. Em 2009, quando se preparava para lançar seu filme “O Escritor Fantasma”, o cineasta foi preso na Suíça e ficou detido por alguns meses. No fim das contas a Suíça se recusou a extraditá-lo por considerar que muito tempo já havia se passado desde as acusações. Polanski tem dupla nacionalidade, franco-suíça, e lançou seu filme mais recente, “Venus in Furs”, no Festival de Cannes de 2013. O longa foi estrelado pela sua esposa, a atriz Emmanuelle Seigner.

Este foi apenas o mais recente capítulo de uma história que se arrasta há quase quatro décadas.