O roteirista Alex Garland, velho parceiro de Danny Boyle em filmes como “Extermínio” (2002) e “Sunshine” (2007), praticamente acabou com as esperanças dos fãs do cultuado “Dredd” (2012), longa que roteirizou baseado no famoso personagem dos quadrinhos britânicos. De acordo com Garland, o projeto de uma continuação do filme não existe e é muito improvável que venha a acontecer.

Numa entrevista destinada a divulgar a sua estreia na direção com a ficção-científica “Ex Machina”, Garland falou sobre “Dredd”, a sua sequência e os fãs do filme. “Pelo que eu saiba, não vai acontecer uma continuação de ‘Dredd'”, disse o roteirista/diretor. “A mecânica básica do financiamento de filmes dita que um filme que perde dinheiro não ganha uma continuação, e foi isso que aconteceu”.

“Compreendo e fico grato pelo apoio que o filme recebeu e pela campanha que existe por uma sequência. Adoro todos esses aspectos [do culto ao filme], menos um, que é quando escuto falar de pessoas comprando o DVD para aumentar os números. Quero dizer para essas pessoas para que não façam isso e guardem seu dinheiro. As pessoas que tomam as decisões não vão ser impactadas por isso”, completou Garland.

Ele concluiu dizendo: “Se for haver uma continuação, não será comigo ou com as pessoas que trabalharam no primeiro, será com outras pessoas. E boa sorte para elas, e eu espero que aconteça. Espero que façam um trabalho melhor do que o nosso”.

“Dredd” representou a segunda tentativa no cinema do personagem de quadrinhos Juiz Dredd, também retratado em “O Juiz” (1995) com Sylvester Stallone. O filme de 2012 mostrava o implacável Juiz Dredd, vivido por Karl Urban, treinando uma juíza novata em meio à violência de uma cidade futurista. “Dredd” teve um orçamento de 50 milhões de dólares mas arrecadou apenas 35,6 milhões em todo o mundo. Mas teve, em geral, boas críticas e desenvolveu-se um culto ao redor do filme após o seu lançamento em DVD e Blu-ray. Foi até criada uma petição online para tornar realidade uma continuação. Agora, parece que os fãs terão de se contentar mesmo apenas com um único longa do anti-herói.