Rami Malek é, sem dúvida, o famoso mineirinho do último ano. Após comer pelas beiradas e superar seus principais concorrentes Christian Bale, Bradley Cooper e Viggo Mortensen no Globo de Ouro e agora no SAG, o jovem ator é o principal candidato ao Oscar de melhor ator. Quem diria que há quatro anos, o então desconhecido ator – ele me chamou atenção em um pequeno papel em Short Term 12 mesmo filme que abriu as portas para Brie Larson – teria uma ascensão meteórica?

É verdade que o sucesso comercial de Bohemian Rhapsody juntamente com a força de sexy symbol que Freddie Mercury exerce no imaginário da cultura pop, ajudou e muito, o ator a ganhar a simpatia dos votantes do sindicato. Isso não tira os méritos da sua bela atuação, repleta de intensidade e carisma como o ícone cantor do Queen, que salva uma cinebiografia burocrática – que tem um dos roteiros mais caricatos do ano passado – do mar da chatice. É inquestionável que Malek está incrível, sua atuação apaixonada, cativa e faz o público se emocionar.

Vale ressaltar que a vitória do ator no SAG, o coloca com uma das mãos no careca dourado, já que nos últimos 15 anos, apenas duas vezes o vencedor de melhor ator no Globo de Ouro e SAG, não se repetiu: George Clooney (ganhou o Globo por Os Descendentes, mas perdeu para Jean Dujardin de O Artista no SAG) e Mickey Rourke (ganhou o Globo por O Lutador, mas perdeu o SAG para Sean Penn por Milk).

Pelo jeito, nem o Satanás será capaz de frear o ímpeto deste rapaz e ajudar Bale a superá-lo no Oscar.