2016 não vem sendo um ano fácil para o cinema. Após as perdas de David Bowie e Alan Rickman, os cinéfilos do mundo inteiro terão, agora, que se despedir de outra lenda da sétima arte. O diretor francês Jacques Rivette morreu, nesta sexta-feira (29), vítima do Mal de Alzheimer. A informação é do jornal inglês The Guardian.

Rivette ficou conhecido ao integrar o movimento Nouvelle Vague, responsável por mudar a cara do cinema francês e, por consequência, do mundo inteiro. Ele esteve ao lado de outros gênios de François Truffaut, Eric Rohmer e Claude Chabrol na clássica revista Cahiers Du Cinéma, editada por André Bazin.

Entre os principais filmes da carreira de Jacques Rivette estão “Paris nos pertence” (1961), “A religiosa” (1966), “Céline e Julie Vão de Barco” (1974), “La bande des quatre” (1989), “A bela intrigante” (1991). O último filme da carreira de diretor foi “36 Vistas do Monte Saint-Loop” (2009).

Fleur Pellerin, ministra francesa da Cultura, disse em seu Twitter que Rivette foi um cineasta “da intimidade e da impaciência amorosa”. O presidente francês François Hollande saudou Rivette como “um dos maiores cineastas francesas, cuja obra fora de padrões valeu a ele um reconhecimento internacional”.

“Era um dos mais lúcidos, mais inventivos e mais livres da Nouvelle Vague”, destacou o crítico e ex-presidente do Festival de Cannes, Gilles Jacob. “O cinema francês perde um de seus diretores mais livres e inventivos”, concordou a atriz Anna Karina, que atuou em seu filme “A religiosa” (1966).