A Spcine, empresa de fomento ao audiovisual criada pela Prefeitura de São Paulo, acaba de anunciar sua primeira lista de projetos aprovados pelo Programa de Investimento, em parceria com o Fundo Setorial da Ancine. Ao todo, serão destinados R$ 12,7 milhões para produção (Linha 3) e distribuição (Linhas 2 e 4) de 30 obras. O comunicado foi feito na sede da Prefeitura de São Paulo, na quinta-feira, 2 de julho, com a presença de Fernando Haddad, prefeito de São Paulo, Nabil Bonduki, secretário Municipal de Cultura, e Alfredo Manevy, diretor-presidente da Spcine.

Os títulos contemplados serão exibidos em 2.979 salas de cinema pelo Brasil, sendo 1.635 até o primeiro trimestre de 2016 e 1.344 até 2017 – nos últimos dois anos, antes da criação da Spcine, o cinema paulista ocupou, respectivamente, 2.200 e 3.560 salas brasileiras. Os longas começam a ser lançados a partir de agosto deste ano, e os recursos investidos são reembolsáveis, isto é, a Spcine participará das receitas e bilheterias dos filmes no cinema e em outras janelas.

Entre os cineastas presentes na lista estão Anna Muylaert (Que horas ela volta?), Pedro Morelli (Zooom), Juliana Rojas (Sinfonia da necrópole), Evaldo Mocarzel (Hysteria), Marina Person (Califórnia), Vera Egito (Amores urbanos), Paulo Morelli (Malasartes) e Tomás Portella (Desculpe o transtorno).

Mínimo de salas

A Linha 2, dedicada à distribuição de filmes de pequeno e médio porte, entrará com um aporte total de R$ 2,95 milhões para 19 longas-metragens. Cada distribuidora proponente receberá de R$ 100 a R$ 400 mil por projeto, sob a condição de lançamento entre dez e 100 salas – as próprias distribuidoras estipularão o circuito dos filmes.

Já a Linha 3, que é voltada para a produção de longas-metragens, vai investir R$ 5,7 milhões em sete projetos. Foi concedido até R$ 1 milhão para cada longa, desde que os proponentes se comprometessem a lançá-los num mínimo de 200 salas. A empresa também vai investir R$ 500 mil em projetos previstos para um circuito menor, de 100 a 200 salas.

Os R$ 4 milhões restantes fazem parte da Linha 4, que também atende as distribuidoras de todo o país, desde que os proponentes sejam associados a uma companhia paulista. Os quatro filmes selecionados precisam ser lançados num mínimo de 300 salas e investir R$ 1 milhão em publicidade.

Investimento disponível

Embora a lista da Spcine esteja consolidada, as inscrições não se encerraram completamente. Ainda há R$ 50 mil disponíveis para a Linha 2 e R$ 250 mil para a Linha 3. O Programa de Investimento também tem mais duas etapas previstas para os próximos meses: o resultado da linha seletiva (Linha 1) – com investimento total de R$ 7 milhões – e o edital de conteúdo para TV e plataformas digitais – com investimento de R$ 10 milhões.

Confira a lista completa dos projetos aprovados no site da Spcine.

do site Filme B