Em uma entrevista cedida ao portal de entretenimento Deadline, o autor americano Stephen King declarou que adoraria ver uma obra sua levado às telonas pelo diretor dinamarquês Lars von Trier, bem como pelo ator e diretor Ben Affleck.

O escritor, muito provavelmente o mais adaptado para o cinema e para a TV da história, refletiu sobre as diversas produções com histórias suas, relembrando alguns realizadores com quem trocou farpas (mais famosamente, Stanley Kubrick) e outros que totalmente endossou (como Frank Darabont).

A briga com Kubrick durante o desenvolvimento de “O Iluminado” é um tópico que vez por outra surge em entrevistas com King, mas o escritor diz que, ainda que tenha vários pontos da adaptação com os quais não concorde, ele acha que é um filme esteticamente bonito e fruto da visão de um diretor inteligente.

“Quando você tem um diretor muito talentoso que quer guiar o processo de criação do filme, esse diretor quer trabalhar com o roteirista para conseguir certos efeitos que eles querem. Existiu um tempo em que eu desconfiava muito desse processo, mas depois de tantos filmes, eu tenho maior tendência a confiar em bons diretores do que eu tinha”, declarou.

Perguntado se tivesse alguém hoje que quisesse fazer uma adaptação sua ao estilo Kubrick, se ele deixaria, ele disse que sim e partiu para nomear von Trier como um desejo de colaboração. “Eu fiz Kingdom Hospital para a TV, que é uma adaptação de uma série dele. Eu acho que ele é o diretor mais talentoso do mundo e eu adoraria ver o que ele faria [com uma obra minha]. Eu iria deixá-lo à vontade e dizer: ‘vá em frente e se divirta'”, disse o escritor.

Além dele, King afirmou que gosta muito de dar chances a novos diretores. “Houve um papo sobre Ben Affleck dirigir uma adaptação de A Dança da Morte. Eu teria amado ver algo [desse tipo] acontecendo com ele porque ele é um excelente diretor. Affleck entende histórias e o fato de que filmes são uma mídia maravilhosa para contá-las. Sem falar que ele é um cara à moda antiga: um filme como Atração Perigosa é uma homenagem a todos os grandes filmes de roubos que a Warner fez nos anos 30″, concluiu.