Quatro anos após sua morte, o cofundador da Apple Steve Jobs ainda fascina o público, e duas grandes produções de cinema lançadas nesta temporada se dedicam a analisar sua vida e carreira.

Para o premiado documentarista Alex Gibney, ganhador de um Oscar de melhor documentário em 2008 por “Um Táxi para a Escuridão”, esse é também o momento de se reavaliar a personalidade do rígido perfeccionista que revolucionou o modo como as pessoas se comunicam, mas cuja maneira como tratava amigos, familiares e colegas de trabalho era algumas vezes cheia de contradições.

“Steve Jobs: The Man in the Machine” não traz nenhuma grande novidade factual. Mas o longa contrasta o homem que certa vez aspirou ser um monge budista com o executivo que negou a paternidade de seu primeiro filho no início e presidiu uma companhia que pagava uma ninharia aos operários chineses em fábricas de iPhone, além de ter cortado fundos de seus programas filantrópicos enquanto lucrava bilhões.

“Ele tinha o foco de um monge, mas nada da empatia”, diz Gibney no filme.

O documentário, que chega aos cinemas dos EUA em 4 de setembro, usa filmagens de arquivos e entrevistas com jornalistas, alguns antigos amigos e ex-funcionários da Apple. Tanto a Apple como a viúva de Jobs, Laurene, não quiseram cooperar com a produção.

Outro filme sobre Jobs, o longa “Steve Jobs”, estrelado por Michael Fassbender, está previsto para ser lançado em outubro nos EUA, e dia 21 de janeiro de 2016 no Brasil.

da Agência Reuters