O TCU (Tribunal de Contas da União) aceitou rever um recurso do ator e diretor Guilherme Fontes referente à prestação de contas de seu filme “Chatô, o rei do Brasil”, gravado em 1995 e lançado em novembro de 2015.

A decisão foi tomada no dia 28 de junho e publicada no “Diário Oficial da União” desta segunda-feira (4).

Esse acordo reconsidera uma decisão de 2014 do tribunal, que condenava Fontes a devolver R$ 66,2 milhões, além do pagamento de R$ 5 milhões em multas. Na ocasião, Fontes chegou a apresentar uma versão de “Chatô” ao Ministério da Cultura, mas ela não foi considerada pelo TCU como prova de conclusão do trabalho.

Agora, os ministros presentes na sessão deliberaram que o filme “Chatô” foi concluído e pode ser encaminhado como prova dentro de um recurso de revisão da condenação de Fontes, desde que “haja prévia e expressamente a manifestação favorável a essa medida pela empresa Guilherme Fontes Filmes Ltda. e por Guilherme Fontes”, como consta no acórdão.

Guilherme Fontes disse ao G1 que talvez peça uma “reparação exemplar para que agentes públicos não repitam” o que fizeram com ele e com sua família. “Essa reparação pode vir na forma de pedido de indenização e/ou uma nova obra de arte – filme, livro, teatro, não sei ao certo -, que exponha de forma clara ou cômica a mesquinhez do poder no Brasil. De como aqueles que estão mandando podem ser tão maus pra continuar roubando milhões e matando milhões”, afirmou.

“Chatô” foi visto nos cinemas por mais de 60 mil pessoas e está disponível no Netflix. O filme foi baseado no livro de mesmo nome do escritor Fernando Morais e conta a história de Assis Chateaubriand, jornalista e empresário que nos anos 1920 fundou os Diários Associados, grupo de mídia que engloba jornais, emissoras de rádio e de TV.

do site G1