Símbolo cultural do Estado e com importante participação na história do cinema em Manaus, o Teatro Amazonas abre as portas para a Sétima Arte em junho. Serão exibidos dois filmes ainda inéditos nas salas comerciais: o documentário “O Rio Negro São as Pessoas” e a ficção “A Terra Negra dos Kawa“. Ambos terão sessões gratuitas.

A primeira sessão acontece no dia 1º de junho com “O Rio Negro São as Pessoas”. Dirigido por João Tezza Neto e Juliana Barros, o documentário se passa na região do baixo rio Negro, no entorno do Parque Nacional de Anavilhanas e procura revelar a dinâmica da vida ribeirinha: o que é crescer livre, nadando num rio imenso e escuro; o que é a necessidade de partir, o desejo esquecido de voltar e a escolha por ficar. São gerações que resistem em terras que foram conquistadas antes mesmo do Brasil e que, ainda hoje, o Brasil pouco conhece. No mesmo dia, ainda no Teatro, haverá o lançamento do livro fotográfico do projeto feito por Maringas Maciel e Bárbara Umbra e um bate-papo com toda a equipe após a sessão. O filme também terá uma sessão gratuita no município de Novo Airão (180 km de Manaus), no dia 4 de junho.

No dia 11 de junho, será a vez de “A Terra Negra dos Kawa” ganhar o Teatro Amazonas. O terceiro longa-metragem da carreira de Sérgio Andrade (“A Floresta de Jonathas” e “Antes o Tempo Não Acabava“) terá a última exibição gratuita na cidade após abrir o Festival Olhar do Norte, em abril deste ano. O filme se passa na região metropolitana de Manaus. Os anciãos Uçana e Turyná são os principais responsáveis pelo comando das principais terras locais. Pertencentes à etnia Kawa, eles tornam-se motivo de interesse para cientistas escavadores que descobrem grandes poderes energéticos e sensoriais naquelas que são chamadas de “terras pretas”. O elenco conta com atores indígenas da mesma família – o pajé Severiano Kedassare, a esposa dele, Emerlinda Yepario, e os filhos Kaya Sara e Anderson Kary-Bayá – e intérpretes nacionais como Mariana Lima (“Quem é Primavera das Neves?”), Marat Descartes (Quando Eu Era Vivo) e Felipe Rocha (Como Nossos Pais).