“Se já fiz papéis que me arrependo? Sim e “Histórias Cruzadas” está nesta lista”.

Simples e direta, Viola Davis deu esta forte declaração para o jornal The New York Times em entrevista durante o Festival de Toronto. A consagrada e popular atriz está no evento canadense para participar do lançamento de “Viúvas”, novo longa de Steve McQueen. As informações são do site da Variety.

Dirigido por Tate Taylor em 2011, “Histórias Cruzadas” se passa no Mississipi na década de 1960 e acompanha a história de Skeeter (Emma Stone), jovem que acabou de terminar a faculdade e sonha em ser escritora. Ela põe a cidade de cabeça para baixo quando decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das “famílias do sul”. Apesar da confusão causada, Skeeter consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo, que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar. No entanto, relações são forjadas e irmandades surgem em meio à necessidade que muitos têm a dizer antes da mudança dos tempos atingir a todos.

Pelo trabalho, Viola Davis foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz em 2012, perdendo para Meryl Streep por “A Dama de Ferro”. Depois do sucesso de crítica e público na época do lançamento, “Histórias Cruzadas” passou por uma revisão de muitos especialistas e críticos pelo fato das personagens negras só conseguirem ganhar voz através de uma garota branca interpretada por Emma Stone.

Sobre “Histórias Cruzadas”, Viola Davis ainda declarou: Não (me arrependo) em termos de experiência ou pessoas envolvidas, porque todos foram ótimos. As amizades que eu formei são algumas das que terei pelo resto da minha vida. Eu tive uma ótima experiência com essas outras atrizes, que são seres humanos extraordinários. E eu não poderia ter pedido por um colaborador melhor do que o diretor Tate Taylor. Eu só senti que, no final das contas, não eram as vozes das empregadas que estavam sendo ouvidas. Eu conheço Aibileen. Eu conheço Minny. Elas são minha avó. Elas são minha mãe. E eu sei que se você quer fazer um filme onde toda a premissa é baseada em saber como é trabalhar para pessoas brancas e criar crianças em 1963, eu quero ouvir como você realmente se sente sobre isso. Eu nunca ouvi isso ao longo do filme”.