Enquanto o Brasil vive um impasse sobre a definição do representante para a disputa da vaga de Melhor Filme Estrangeiro no Oscar 2017, outros países já estão selecionando os candidatos. A Alemanha, por exemplo, vai com a comédia “Toni Erdmann” para a briga pelo prêmio da Academia de Ciências Cinematográficas de Hollywood. O longa de estreia da diretor Maren Ade recebeu as melhores críticas do último Festival de Cannes. As informações são do site da Variety.

“Toni Erdmann” traz a história de Winfried (Peter Simonischek), um senhor que gosta de levar a vida com bom humor, fazendo brincadeiras que proporcionem o riso nas pessoas. Seu jeito extrovertido fez com que se afastasse de sua filha, Ines (Sandra Hüller), sempre sisuda e extremamente dedicada ao trabalho. Percebendo o afastameto, Winfried decide visitar a filha na cidade em que ela mora, Budapeste. A iniciativa não dá certo, resultando em vários enfrentamentos entre pai e filha, o que faz com que ele volte para casa. Tempos depois, Winfried ressurge na vida de Ines sob o alter-ego de Toni Erdmann, especialista em contar mentiras bem-intencionadas a todos que ela conhece.

A escolha foi feita por um júri independente formado por nove pessoas, justificando a decisão pela “inabalável clareza artística” e um retrato sobre “temas universais como isolamento social e o desafio da integração entre as pessoas”. Por fim, os jurados consideram que “Toni Erdmann” é tudo o que “um cinema internacional deve ser”. No mesmo dia, a produção já havia sido eleita o melhor filme do ano pela Federação Internacional de Críticos de Cinema. “Estou muito feliz que o júri tenha decidido escolher “Toni Erdmann para concorrer ao Oscar e ansiosa para ver como será a recepção a obra em Los Angeles”, disse Maren Ade.

A última vez em que a Alemanha ganhou o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro foi em 2007 com “A Vida dos Outros”.