A indicação ao Oscar de Melhor Atriz em 2014 não serviu para apagar os traumas enfrentados por Amy Adams durante as gravações de “Trapaça”. Em entrevista à revista GQ, ela revelou dificuldades de relacionamento com o diretor David O. Russell a ponto de chorar nas filmagens do longa.

“Ele (David O. Russell) me fez chorar. Eu ficava completamente devastada no set de filmagem. Não chegava a ser todos os dias, mas, acontecia na maioria das vezes”, afirmou Amy Adams. Ela disse que não possui a mesma capacidade da colega de elenco, Jennifer Lawrence, em não se abalar com o clima nas filmagens imposto pelo cineasta. “Não gosto de ver outras pessoas sendo tratadas de maneira ruim. Para mim, não é certo. A vida é mais importante que os filmes. É muito duro para mim separar casa do trabalho. Não posso levar esse tipo de experiência para casa com a minha filha”, declarou.

Emails vazados na época do Sonygate comprovam a tensão nos bastidores de “Trapaça”. O jornalista Jonathan Alter questionou o cunhado Michael Lynton, CEO da Sony Entertainment, sobre possíveis abusos de David O. Russell durante as filmagens e qual seria o comportamento do estúdio em relação a esse tipo de problema. “Ele pegou um cara pela gola da camisa, repetidamente xingou pessoas na frente dos outros e abusou tanto da Amy Adams que o Christian Bale enfrentou ele, cara a cara, e disse para que parasse de agir como um babaca”, disse.

David O. Russell não é novato nesse tipo de história em Hollywood. Durante as filmagens de “Três Reis”, o diretor chegou a sair no tapa com George Clooney após uma reclamação mais enérgica contra um membro da produção. Em “Huckbees – A Vida é uma Comédia”, um célebre vídeo mostra a discussão entre Russell e a atriz Lily Tomlin: