Os casos de assédio e abuso sexual na indústria do cinema estão se revelando em profusão enorme desde a denúncia contra Harvey Weinstein. Agora, a cantora islandesa Bjork veio à tona para divulgar um caso de assédio feito por um diretor dinamarquês em um set de gravações de um filme. As informações são do site da Variety.

Em postagem no Facebook, Bjork afirmou se sentir inspirada por mulheres do mundo inteiro que estão denunciando casos de abuso para revelar o que aconteceu consigo própria.

“Venho de um país onde a diferença entre os sexos é pequena, apesar de ainda existir. Quando entrei na carreira de atriz, já era uma cantora de sucesso, mas sabia que poderia, ainda assim, ser assediada. (…) Quando impedi que o diretor tentasse alguma coisa, ele fez com que a minha imagem ficasse mal para toda a equipe do filme. Por conta da minha força, da meu incrível time e porque não tinha nada a perder no meio da atuação, eu deixei essa profissão de lado e me recuperei desse episódio com o passar dos anos. (…) O diretor está 100% familiarizado com esse jogo e tenho certeza que o filme que ele fez foi baseado em sua experiência comigo. Eu fui a primeira que ele tentou assediar e não deixei ele chegar perto”, disse Bjork.

A cantora trabalhou com dois diretores dinamarqueses em toda sua carreira de atriz: a cineasta Nietzchka Keene em “The Juniper Tree”m nos anos 1990, e Lars Von Trier em “Dançando no Escuro”, em 2000.