O segundo Oscar da carreira de Cate Blanchett veio com a elogiada atuação no drama “Blue Jasmine”, de Woody Allen. A parceira dos dois voltou a ser debatida após as retomadas das acusações contra o cineasta de abuso sexual contra a filha de Mia Farrow, Dylan, quando ela tinha sete anos de idade. Em entrevista à CNN, a australiana falou sobre o caso pela primeira vez desde o início dos protestos do #MeToo. As informações são do site Indiewire.

Blanchett rebateu um questionamento da jornalista Christiane Amanpour sobre não ter se posicionado sobre a situação envolvendo o diretor mesmo sendo uma importante integrante do #MeToo. “Não acho que tenha ficado em silêncio de maneira nenhuma. Quando trabalhei com Woody Allen, eu não sabia nada sobre as alegações. Na época, eu disse que era muito doloroso e uma complicada situação familiar que esperava que eles pudessem resolvê-la. Se essas acusações precisam ser reexaminadas, porque se eu não me engano elas já passaram por julgamento… Eu acredito muito no sistema da justiça, e em ter precedentes legais. Se esse caso precisa ser reaberto, eu absolutamente apoiaria isso”, declarou.

A atriz também se mostrou preocupada com os julgamentos precipitados das pessoas nas redes sociais. “Hashtags e comentários nas redes sociais são importantes para levar certas causas à consciência das pessoas, mas elas não podem ser o juiz e o júri nesses casos. Eu acho que esses casos precisam ir para julgamento, assim esses abusos podem ser punidos e vítimas futuras possam se proteger através do precedente legal”, completou.

Destaque do elenco de “Thor: Ragnarok” no ano passado, Cate Blanchett será vista nos cinemas brasileiros em  “Oito Mulheres e um Segredo” a partir do dia 7 de junho.