Falta exatamente um mês para a estreia de “007 contra Spectre”, o novo filme do agente James Bond, e os atores estão ansiosos para mostrar sua atuação nesta produção, que foi um desafio para suas carreiras e um sonho realizado.

“Bond é um mundo por si só. Tem uma tradição, tem sua cultura própria. Todos têm conexões quando escutam James Bond e por isso a empolgação é tão grande”, disse o austríaco Christoph Waltz, em entrevista à Agência Efe.

No longa, que estreia em Londres no próximo dia 26 e no resto do mundo no dia 5 de novembro, ele interpreta o vilão Franz Oberhauser, um desafio em sua carreira para se diferenciar dos outros arqui-inimigos de Bond que passaram pela saga.

“Eu não venho de uma história que ninguém conhece, nem de um lugar que ninguém conhece. Não posso criar um personagem do zero achando que ninguém viu antes. As pessoas viram 23 vilões e têm ideias muito específicas sobre isso”, comentou.

Por isso, ele quis inovar. “Não queria fazer a mesma coisa de novo. Se não, deveriam selecionar o mesmo ator. Se você é um novo ator, tem que trazer algo novo. Algo muito ambicioso, algo especial”, acrescentou.

Para o ator e lutador profissional americano, Dave Bautista, que interpreta o assassino Mr. Hinx, estar em um filme de James Bond é “um sonho que se torna realidade”, um “sonho de infância”.

“Quando minha agente me ligou perguntando se queria fazer parte do filme, não pensei: ‘vou fazer muito dinheiro e isto me vai me colocar no mapa’, não! Pensei: ‘Meu Deus! Vou fazer parte do elenco de James Bond!’ É um sentimento muito surreal e é uma honra fazer parte disso, porque é um legado muito forte, algo que faz parte da vida de muita gente”, disse, ressaltando que não conhece ninguém que “não seja fã de James Bond”.

Sobre seu papel, Bautista detalhou que tem uma grande “presença física”, mas não como “o estereótipo do homem musculoso”, mas sim alguém que “tem muita inteligência”.

“As pessoas também vão gostar do fato de ele se vestir muito bem. Nunca tive um papel como esse”, destacou.

A inteligência também é a característica de maior destaque da personagem da francesa Léa Seydoux, a Dra. Madeleine Swann, uma psicóloga que trabalha em uma clínica médica nos Alpes austríacos.

“É um novo tipo de personagem, um novo tipo de ‘Bond girl’. Não é a ‘femme fatale’, não é um clichê. É mais profunda do que poderíamos esperar. Acho que ela é mais parecida com Bond e precisamos disso. Queremos ver mulheres fortes. Tão fortes quanto os homens, e ela é esse tipo de mulher”, garantiu à Agência Efe.

Para a atriz, fazer parte do longa e ainda se tornar uma ‘Bond girl’ também é um sonho realizado.

“Foi muito inesperado! Realmente me surpreendi quando me ofereceram o papel, mas foi maravilhoso. Me sinto muito sortuda! Sam Mendes é um grande diretor”, afirmou.

O México é um dos países onde “007 Contra Spectre” foi rodado. Reino Unido, Itália, Áustria e Marrocos também serviram de cenário para a produção.

O título “Spectre” foi escolhido pelos produtores porque foi o nome que recebeu a sede do crime internacional, comandada pelo supervilão Blofeld, e que aparece pela primeira vez em um livro escrito por Ian Fleming sobre James Bond, com o título “Chantagem Atômica” (Thunderball).

da Agencia EFE