O novo filme de Hector Babenco, “Meu Amigo Hindu”, traz o cineasta em uma jornada auto-reflexiva após enfrentar um câncer. O elenco é cheio de rostos conhecidos: Maria Fernanda Cândido, Reynaldo Gianechinni, Bárbara Paz… Mas é, naturalmente, a escalação do protagonista que chama atenção. Amigo do cineasta há quase três décadas, o ator norte-americano Willem Dafoe dá vida à representação ficcional de Babenco.

Pegando gancho no lançamento (que, para variar, não teve parada em Manaus), o Cine SET resolveu lembrar de outros estrangeiros que participaram – e até protagonizaram – filmes nacionais. Continua lendo!

Marcello Mastroianni, em “Gabriela” (1983)

Alan Arkin não foi o único estrangeiro a ser dirigido por Bruno Barreto em um filme brasileiro. Um dos clássicos do cinema nacional, “Gabriela” tem em seu elenco principal ninguém mais, ninguém menos que Marcello Mastroiani. O italiano viveu o homem que conquista a retirante imortalizada por Sônia Braga.

Alan Arkin, em “O Que É Isso, Companheiro?” (1996)

Quando me foi passada essa pauta, logo lembrei da participação do vovô da “Pequena Miss Sunshine” neste filme brasileiro indicado ao Oscar. Alan Arkin interpretou o embaixador norte-americano Charles Buke Elbrick, cujos planos de sequestro durante a ditadura militar nos anos 1960 foram foco do livro de Fernando Gabeira.

Natasha Henstridge, em “Bella Donna” (1997)

A família Barreto continuou a “tradição” de unir estrangeiros e brasileiros no cinema com este filme dirigido por Fábio Barreto. Aqui, Natasha Henstridge é uma mulher que se envolve com um pescador cearense, vivido por Eduardo Moscovis.

Anthony Quinn, em “Oriundi” (1999)

O penúltimo filme do mexicano que ganhou o cinema hollywoodiano nos anos 1950 foi esse de Marcos Bersntein. Lançado um ano antes da morte de Anthony Quinn, o filme traz o ator na pele de um imigrante italiano que se encanta com uma jovem (Letícia Spiller) que lembra a sua esposa.

Vincent Cassel, em “À Deriva” (2009)

Francês mais brasileiro do cinema, Vincent Cassell participou de algumas produções nacionais ao longo dos anos, mas o destaque mesmo fica por conta deste filme de Heitor Dhalia. No drama – que tem ainda a mezzo brasileira, mezzo norte-americana Camilla Belle -, ele é o pai de uma adolescente em meio a uma crise no casamento. E a relação de Cassell com o cinema brasileiro continua: neste ano, ele participa de “O Filme da Minha Vida”, de Selton Mello, e “O Grande Circo Místico”, de Cacá Diegues.