Uruguai 2 x 1 Brasil – Copa de 1950

O maior trauma da história do futebol brasileiro transformou a vida de Barbosa. O goleiro da Seleção falhou no chute do segundo e decisivo gol do Uruguai e o que seria uma grande festa virou o conhecido Maracanazo. Se antes era considerado um arqueiro irretocável, Barbosa passou a ser visto como símbolo de um fracasso, marcado pelo lance desde o segundo em que a bola de Ghiggia parou dentro da rede.

O fato ainda mostrou o racismo presente dentro do esporte ao criar um preconceito contra goleiros negros – o time nacional somente voltou a ter um negro como o número 1 com Dida em 2006.

Foco do Filme: cinebiografia de Barbosa Quem poderia dirigir: Breno Silveira (“Gonzaga” e “Dois Filhos de Francisco”) Ator Principal: Lázaro Ramos

Itália 4 X 3 Alemanha – Copa de 1970

O Brasil de Pelé pode ter entrado para história como dono do futebol mais lindo de todos os tempos, porém, o maior jogo daquele mundial pertenceu à semifinal dessas duas grandes seleções europeias. A Itália inicia o duelo arrasadora e abre o placar com Boninsegna aos 8 minutos do primeiro tempo. Faltando pouco para a partida terminar, Schnelliger empata o jogo aos 47 do segundo tempo. Bom, mas nada demais, certo?

A prorrogação, entretanto, traz o maior jogo da história das Copas. Cinco gols, duas viradas e Beckenbauer com o ombro deslocado compõem os ingredientes do confronto. O calor da Cidade do México e o estádio Azteca lotado criavam um cenário para um momento em que o desgaste físico e psicológico dominavam os bravos atletas durante as duas horas de partida.

Épico é o mínimo que se pode dizer desse duelo.

Foco do Filme: as memórias de um senhor sobre o jogo que marcou sua paixão pelo futebol Quem poderia dirigir: Ben Affleck (“Argo” e “Atração Perigosa”) Atores Principais: James McAvoy (Gerd Muller) e Javier Barden (Boninsegna)

Argentina 6 X 0 Peru – Copa de 1978

O primeiro título dos nossos hermanos traz um dos capítulos mais sombrios da história das Copas. Para eliminar o Brasil – ainda invicto no torneio – e avançar para as semifinais, a Argentina precisava derrotar o Peru por quatro gols de diferença.

O primeiro tempo terminou com um preocupante 2 a 0 para o time de Mário Kempes. Nos últimos 45 minutos, porém, os donos da casa conseguiram quatro tentos e se classificaram. Se o Peru fosse tão ruim como nos dias atuais, não seria uma novidade. Em 1978, o time, entretanto, tinha um elenco forte liderado pelo craque Teófilo Cubillas e fazia ótimas atuações.

A facilidade com que a Argentina conseguiu fazer os gols e a atuação peruana causaram suspeitas ainda não solucionadas. Acordos entre as ditaduras, pagamento de propina a dirigentes, ameaças a atletas, troca de prisioneiros políticos entre os regimes são algumas das suposições.

Um filme sobre o assunto com posicionamento de um diretor forte pode ser uma saída para transformar essa história em cinema e fazer o público nunca esquecer dessa mancha no esporte.

Foco do Filme: os bastidores do polêmico jogo Quem Poderia Dirigir: Pablo Trapero (“Elefante Branco” e “Abutres”) Ator Principal: Ricardo Darín (“O Segredo dos Seus Olhos”)

Argentina 2 X 1 Inglaterra – Copa de 1986

Muito mais que um jogo de futebol, o duelo do gol mais bonito da história dos Mundiais tinha um contexto político tenso. Quatro anos antes da partida, Argentina e Inglaterra travaram uma guerra pelo controle das Ilhas Malvinas, localizada no sul do Oceano Atlântico. Com um maior poderio bélico, os europeus conseguiram passar facilmente pelos sul-americanos.

Orgulhosos como são, os argentinos encontraram a chance de se vingar na Copa do Mundo. Nada melhor que um ídolo nacional e patriota como poucos para fazer os súditos da Rainha se arrependerem da guerra. Maradona humilhou os ingleses com direito a gol de mão e uma série de dribles desconcertantes para entrar na história.

Nunca o esporte serviu para uma vingança fora das quatro linhas como nesse dia. Os argentinos lavaram a alma.

Foco do Filme: a raiva e o talento de Maradona. Quem Poderia Dirigir: Oliver Stone (“Ao Sul da Fronteira” e “JFK”) Ator Principal: Diego Boneta (“Rock of Ages”)

França 3 x 0 Brasil – Copa de 1998

Fato: a França jogou muita bola e mereceu vencer o Brasil.

Por outro lado, paira ainda muita dúvida sobre o que aconteceu com Ronaldo Fenômeno na madrugada do dia do confronto. O que teria ocasionado a convulsão na estrela da Seleção Brasileira?

Seria a pressão de liderar o time favorito ao título com apenas 21 anos de idade?

Ou uma infiltração sofrida no dia anterior ao jogo?

Os boatos de um suposto relacionamento entre a namorada do craque, Susana Werner, e o apresentador Pedro Bial afetaram o jogador?

Qual foi a pressão exercida pela Nike para que ele entrasse em campo?

Quais os riscos corridos pelo astro?

No mínimo, polêmica não faltaria!

Foco do Filme: todo o período de pressão da Copa da França em Ronaldo Quem Poderia Dirigir: José Padilha (“Tropa de Elite” e “Robocop”) Ator Principal: Jesuíta Barbosa (“Tatuagem” e “Praia do Futuro”)

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