MELHOR FILME
- Ataque dos Cães – 153 PONTOS
- Nomadland – 115 PONTOS
- Druk – 92 PONTOS
- A Filha Perdida – 86 PONTOS
- Meu Pai – 84 PONTOS
- Bela Vingança – 58 PONTOS
- Deserto Particular – 50 PONTOS
- Duna – 43 PONTOS
- Matrix Resurrections – 42 PONTOS
- Undine – 41 PONTOS
BRUNO CURY E VANESSA MORAIS
- Meu Pai
- Bela Vingança
- Druk – Mais uma rodada
- Nomadland
- Finch
- O Mauritano
- Pieces of a woman
- CODA – No ritmo do coração
- A Filha Perdida
- Ataque dos Cães
Em mais um ano difícil, foi desafiador encontrar bons filmes que se sobressaíssem dentro de mais uma enxurrada de filmes medianos/ruins. Sempre temos uma tendência forte para os dramas intensos e/ou de cunho psicológico e, em tempos de pandemia, isso se intensificou. Buscamos filmes em que possamos nos conectar emocionalmente com o/a personagem em questão, sentir o que sentem: alegria, dor, tristeza, euforia, conflito.
Todos os filmes acima nos fizeram refletir sobre um ou mais tópicos específicos e também nos trouxeram, em maior ou menor escala, essa conexão emocional com os protagonistas.
CAIO PIMENTA
- First Cow
- Meu Pai
- Matrix Resurrections
- Bela Vingança
- Deserto Particular
- Druk
- Ataque dos Cães
- Cabeça de Negô
- Coda
- A Família Mitchell e a Rebelião das Máquinas
“First Cow” consegue ser, ao mesmo tempo, minimalista e enorme, uma obra que parte de algo trivial, pequeno para falar da formação do caráter de um povo, de um país. Isso tudo sem fazer concessões para a temporada de premiações ou circuito comercial. Obra-prima. “Meu Pai” é de uma engenhosidade rara para colocar o público na desesperadora mente, fora do tempo/espaço, de uma pessoa com Alzheimer; “Matrix” é um deboche; “Bela Vingança” simboliza a era #MeToo com dirieito a uma performance brilhante da (sempre) subestimada Carey Mulligan; “Deserto Particular” é o auge de Aly Muritiba, enquanto “Druk” foge dos discursos moralistas que o remake hollywoodiano dificilmente irá driblar. “Ataque dos Cães” é disparado o melhor filme de Jane Campion desde “O Piano”; “Cabeça de Negô” deveria ser filme obrigatório do ensino fundamental ao superior; “Coda” é o filme previsível que todos amamos ver; e “A Família Mitchell” fecha o TOP 10 com o título de ‘não esperava absolutamente, mas, é bom demais’!
CAMILA HENRIQUES
- Ataque dos Cães
- A Filha Perdida
- Deserto Particular
- Matrix Resurrections
- Undine
- Quo Vadis, Aida
- Maligno
- Shiva Baby
- Annette
- Bela Vingança
Menções honrosas: Cabeça de Nêgo; Amor, Sublime Amor; Coda; Tempo; First Cow; A Nuvem Rosa.
Foi até difícil fechar apenas dez filmes nessa lista, e, mesmo para as menções honrosas, tive que cortar a empolgação, porque daria facilmente uns 20 e poucos títulos. Dito isso, é uma pena que eu não tenha conseguido assistir no cinema os dois primeiros dessa lista. “Ataque dos Cães”, em especial, é um filme que merece a maior tela possível, para que possamos apreciar esse estudo de personagem proposto por Jane Campion. Outros destaques do ano: as histórias de amor de “Matrix Resurrections”, “Deserto Particular” e “Undine”, os retratos diferentes da angústia em “Quo Vadis, Aida”, “Shiva Baby” e “Bela Vingança”, além da crítica ácida de “Annette” e a deliciosa homenagem de James Wan aos clássicos do horror com “Maligno”.
DANILO AREOSA
- Nomadland
- Druk – Mais Uma Rodada
- Deserto Particular
- Deixe-o Partir
- Ataque dos Cães
- Cabeça de Nêgo
- Undine
- First Cow
- Azor
- Amor, Sublime Amor
Menções Honrosas: Shiva Baby, O Esquadrão Suicida.
Tivemos ótimos e bons trabalhos, mas nada de encher os olhos como nos últimos cinco anos. Os cinco primeiros filmes da minha lista foram os que mais mexeram com a minha paixão cinéfila. Nomadland foi o número um da lista. Chloé Zhan realiza uma obra que encanta a partir de um olhar sensível sobre o pertencimento através do luto e da imersão na solidão da vida nômade. Druk é uma bela ode à vida, a amizade e as experiências que buscamos como escapismo das nossas inseguranças. Deserto Particular mostra o acolhimento como arma necessária contra o embrutecimento emocional, enquanto Deixe-o Partir e Ataque dos Cães tem muito a dizer sobre a intersecção que existe entre a violência e o territorialismo. Por sua vez Cabeça de Nêgo e Azor apresentaram dois diretores estreantes, ambos antenados com o cinema social. Em First Cow, Kelly Reichardt mostra o homem no seu foro íntimo, desconectado da brutalidade que contaminava a natureza masculina rústica do século XIX. Por fim, Undine faz um cinema de gênero forte em simbolismos e significados para fazer o seu estudo das relações amorosas, enquanto Amor, Sublime Amor trata a sua história de amor trágica, a partir da ótica da diversidade e representatividade.
GABRIEL BRAVO DE LIMA
- Ataque dos cães
- Annette
- Matrix Resurrections
- A filha perdida
- Deserto particular
- Cabeça de Negô
- Maligno
- The Card Counter
- Tempo
- Shiva Baby
“Ataque dos cães” foi a obra que mais me impactou no ano. As atuações e o domínio completo de Jane Campion na direção construíram as imagens que mais ficaram na minha cabeça. Dentre os filmes que assisti nos cinemas, “Matrix” foi a melhor experiência. O blockbuster anti fan service, um retorno nostálgico sem abrir mão de nos apresentar um caminho para o futuro. Nesse sentido, é muito bom ter artistas como Lana Wachowski, M. Night Shyamalan e James Wan ainda tendo a possibilidade de construir filmes autorais em Hollywood.
Dentre os filmes nacionais, “Deserto Particular” é um romance de coração aberto, uma carta de amor às breguices e grandes paixões. Enquanto “Cabeça de Nêgo” é uma força devastadora tanto em forma quanto em conteúdo, filme que pode se tornar um marco de um cinema que cansou de apanhar.
IVANILDO PEREIRA
- Undine
- Ataque dos Cães
- Nomadland
- Druk: Mais uma Rodada
- A Filha Perdida
- Spencer
- O Último Duelo
- Shiva Baby
- Verão de 85
- A Mão de Deus
Não houve nenhum grande filme em 2021, em minha opinião, assim como não houve em 2020. Mas tivemos alguns ótimos, experiências variadas que saíram do lugar comum e surpreenderam pela inteligência e pela humanidade. Meu favorito foi o mais curioso e particular de todos, um filme sobre o qual ainda estou pensando e isso é bom. Numa era em que cinema vira conteúdo, fast food, feito para se esquecer assim que a aba da Netflix aponta sugestões para você, esses aí – especialmente o primeiro colocado – são experiências que ficam na memória.
LAIZE MINELLI
- Ataque dos Cães
- Amor, sublime amor
- Marighella
- King Richard: Criando Campeãs
- Casa Gucci
- Annette
- Tick, Tick, Boom
- Homem-Aranha: Sem Volta para Casa
- Maligno
- O Último Duelo
A inveja e humilhação são sentimentos que certamente todo mundo já experimentou, mas ver a atuação do Benedict, dentro daquela narrativa criada pela Jane Campion de machismo, misoginia é uma autoflagelação, permeada pela fotografia da Ari Wegner, que que compõem cenas tão profundas, realmente é um passeio nas várias camadas dos obscuros e doloridos sentimentos humanos que me agradou bastante.
LUCAS LOPES AFLITOS
- Nomadland
- Ataque dos Cães
- Judas e o Messias Negro
- Bela Vingança
- Meu Pai
- Minari
- Druk
- Identidade
- Homem-Onça
- CODA – No Ritmo do Coração
Nesse mundo pandêmico em que vivemos – e que parece que não terá seu fim tão cedo – o cinema/arte em geral, mais uma vez, nos mostra que é possível sonhar, ter nossa válvula de escape e ainda assim manter os pés na realidade. Esse top 10 diz muito sobre a minha vivência no ano de 2021. Da busca da conexão consigo mesmo (Nomadland), na mais profunda e angustiante solidão (Ataque aos Cães), na resistência de um corpo negro em existir (Judas e o Messias Negro/Identidade), a busca por justiça nem que seja por meios tortos (Bela Vingança), zelo e cuidado ao amor maternal (Meu Pai), a busca por melhores condições de vida e sanidade (Minari), o surto, a adaptação, o álcool como auxílio, o total devaneio e o corpo renascido diariamente, como no Mito de Prometeu (Druk/Homem-Onça). Mas só o amor e a música (arte) transcendem (CODA).
Como diz Maria Bethânia, é preciso viver a realidade com certo delírio, só a realidade é insuportável.
LUCAS PISTILLI
- Druk
- Duna
- Azor
- Ema
- Nomadland
- A Filha Perdida
- Noite Passada em Soho
- Nunca Mais Nevará
- Alice e o Prefeito
- O Homem Ideal
“Druk” foi o filme que me abraçou mais forte em 2021. Que me fez considerar a mortalidade e a beleza da vida em um ano em que eu precisava fazer essas coisas. “Duna”, por sua vez, me lembrou do espetáculo que só o cinema é capaz de proporcionar. Entre esses dois extremos, o ano teve um pouco de tudo, mas foram filmes sensíveis como “Nomadland”, “A Filha Perdida” e “Nunca Mais Nevará” que deixaram momentos inesquecíveis. Para além dos grandes lançamentos, o pesado e brilhante “Azor” foi a gema escondida desta temporada. Um suspense à moda antiga, onde tudo é suspeito. Vê-lo foi quase como voltar no tempo.
LUCAS VASCONCELOS
- Meu Pai
- A Filha Perdida
- Bela Vingança
- A Lenda de Candyman
- Judas e o Messias Negro
- Alvorada
- Nomadland
- Amor, Sublime Amor
- Tick, Tick… Boom!
- Coda – No Ritmo do Coração
O ano de 2021 foi um ano com bons filmes se comparado ao do ano anterior. Ainda que a pandemia não esteja completamente vencida, ela não foi tão limitadora do lançamento de diversas obras que conseguem nos impactar da maneira que só a sétima arte sabe fazer. Em “Meu Pai” e “A Filha Perdida” temos ótimos estudos de personagem imersivos capazes de deixar qualquer um pensando por horas após o término do filme. Já em “Bela Vingança”, “A Lenda de Candyman” e “Judas e o Messias Negro”, observamos o grito por justiça que parte da sociedade clama, seja pela equidade de gênero ou o fim da discriminação racial. “Alvorada” é mais um interesse recorte de uma das maiores personalidades políticas brasileiras. “Nomadland” talvez seja a obra que mais abrace todo o sentimento de melancolia e tristeza que a pandemia provocou no mundo. E por fim, temos três boas obras que levantam uma importante questão “será que a temporada de 2022 vai ser marcada como o ano dos musicais?”
PÂMELA EURÍDICE
- Ataque dos Cães
- A Filha Perdida
- Collective
- Cabeça de Negô
- Marighella
- Druk
- Maligno
- Nomadland
- Quo vadis, Aida?
- Annette
Os filmes dessa lista são aqueles que se tornaram imprescindíveis para a compreensão da sociedade em que nos encontramos. De forma geral, eles discutem políticas públicas, condições de gênero – inclusive criando rupturas ao que se convencionou – e entregam narrativas criativas, curiosas e envolventes. Por tudo isso, merecem não apenas a colocação na lista, mas serem prestigiados, também.
REBECA ALMEIDA
- Duna
- Nomadland
- Luca
- Tick, tick… Boom!
- Homem-Aranha: longe de casa
- O Esquadrão Suicida
- Meu pai
- Judas e o messias negro
- Em um bairro de Nova York
- Marighella
Pode ser a abstinência de ir ao cinema devido a pandemia ou mesmo a minha queda por fantasia/aventura/ficção científica, mas ‘Duna’ foi o filme que me deu a melhor experiência de cinema 2021. O som, os cenários, elenco, a condução da narrativa… Enfim, facilmente a produção de Denis Villeneuve tomou esse primeiro lugar. Em seguida, ‘Nomadland’, o tipo de filme que eu adoro, que aborda facilmente temáticas mais sérias, algo também visto em ‘Luca’. Já ‘Tick, Tick… Boom’ e ‘Um Bairro de NY’ são os dois melhores musicais em um ano que o gênero voltou com força. ‘Homem-Aranha’ e ‘Esquadrão Suicida’ foram os mais excitantes quando se fala de super-heróis, ou, ao menos, os não esquecíveis. Fechando a lista, ‘Meu Pai’, ‘Judas e o Messias Negro’ e ‘Marighella’, ótimos filmes com atuações marcantes e boas temáticas.
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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:
Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2021.
Para cada lista, fizemos a pontuação:
1º lugar – 25 pontos
2º lugar – 18 pontos
3º lugar – 15 pontos
4º lugar – 12 pontos
5º lugar – 10 pontos
6º lugar – 8 pontos
7º lugar – 6 pontos
8º lugar – 4 pontos
9º lugar – 2 pontos
10º lugar – 1 ponto
Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!
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VEJA AS LISTAS DE MELHORES FILMES DE 2017 A 2020: