MELHOR FILME

  1. Ataque dos Cães153 PONTOS
  2. Nomadland 115 PONTOS
  3. Druk92 PONTOS
  4. A Filha Perdida86 PONTOS
  5. Meu Pai84 PONTOS
  6. Bela Vingança58 PONTOS
  7. Deserto Particular50 PONTOS
  8. Duna43 PONTOS
  9. Matrix Resurrections 42 PONTOS
  10. Undine – 41 PONTOS

BRUNO CURY E VANESSA MORAIS 

  1. Meu Pai 
  2. Bela Vingança 
  3. Druk – Mais uma rodada 
  4. Nomadland 
  5. Finch 
  6. O Mauritano 
  7. Pieces of a woman 
  8. CODA – No ritmo do coração 
  9. A Filha Perdida 
  10. Ataque dos Cães 

Em mais um ano difícil, foi desafiador encontrar bons filmes que se sobressaíssem dentro de mais uma enxurrada de filmes medianos/ruins. Sempre temos uma tendência forte para os dramas intensos e/ou de cunho psicológico e, em tempos de pandemia, isso se intensificou. Buscamos filmes em que possamos nos conectar emocionalmente com o/a personagem em questão, sentir o que sentem: alegria, dor, tristeza, euforia, conflito. 

Todos os filmes acima nos fizeram refletir sobre um ou mais tópicos específicos e também nos trouxeram, em maior ou menor escala,  essa conexão emocional com os protagonistas. 

CAIO PIMENTA 

  1. First Cow 
  2. Meu Pai 
  3. Matrix Resurrections 
  4. Bela Vingança 
  5. Deserto Particular 
  6. Druk 
  7. Ataque dos Cães 
  8. Cabeça de Negô 
  9. Coda 
  10. A Família Mitchell e a Rebelião das Máquinas 

“First Cow” consegue ser, ao mesmo tempo, minimalista e enorme, uma obra que parte de algo trivial, pequeno para falar da formação do caráter de um povo, de um país. Isso tudo sem fazer concessões para a temporada de premiações ou circuito comercial. Obra-prima. “Meu Pai” é de uma engenhosidade rara para colocar o público na desesperadora mente, fora do tempo/espaço, de uma pessoa com Alzheimer; “Matrix” é um deboche; “Bela Vingança” simboliza a era #MeToo com dirieito a uma performance brilhante da (sempre) subestimada Carey Mulligan; “Deserto Particular” é o auge de Aly Muritiba, enquanto “Druk” foge dos discursos moralistas que o remake hollywoodiano dificilmente irá driblar. “Ataque dos Cães” é disparado o melhor filme de Jane Campion desde “O Piano”; “Cabeça de Negô” deveria ser filme obrigatório do ensino fundamental ao superior; “Coda” é o filme previsível que todos amamos ver; e “A Família Mitchell” fecha o TOP 10 com o título de ‘não esperava absolutamente, mas, é bom demais’!

CAMILA HENRIQUES 

  1. Ataque dos Cães 
  2. A Filha Perdida 
  3. Deserto Particular 
  4. Matrix Resurrections 
  5. Undine 
  6. Quo Vadis, Aida 
  7. Maligno 
  8. Shiva Baby 
  9. Annette 
  10. Bela Vingança 

Menções honrosas: Cabeça de Nêgo; Amor, Sublime Amor; Coda; Tempo; First Cow; A Nuvem Rosa. 

Foi até difícil fechar apenas dez filmes nessa lista, e, mesmo para as menções honrosas, tive que cortar a empolgação, porque daria facilmente uns 20 e poucos títulos. Dito isso, é uma pena que eu não tenha conseguido assistir no cinema os dois primeiros dessa lista. “Ataque dos Cães”, em especial, é um filme que merece a maior tela possível, para que possamos apreciar esse estudo de personagem proposto por Jane Campion. Outros destaques do ano: as histórias de amor de “Matrix Resurrections”, “Deserto Particular” e “Undine”, os retratos diferentes da angústia em “Quo Vadis, Aida”, “Shiva Baby” e “Bela Vingança”, além da crítica ácida de “Annette” e a deliciosa homenagem de James Wan aos clássicos do horror com “Maligno”. 

DANILO AREOSA 

  1. Nomadland  
  2. Druk – Mais Uma Rodada  
  3. Deserto Particular  
  4. Deixe-o Partir  
  5. Ataque dos Cães  
  6. Cabeça de Nêgo  
  7. Undine  
  8. First Cow 
  9. Azor 
  10. Amor, Sublime Amor 

Menções Honrosas: Shiva Baby, O Esquadrão Suicida.

Tivemos ótimos e bons trabalhos, mas nada de encher os olhos como nos últimos cinco anos. Os cinco primeiros filmes da minha lista foram os que mais mexeram com a minha paixão cinéfila. Nomadland foi o número um da lista. Chloé Zhan realiza uma obra que encanta a partir de um olhar sensível sobre o pertencimento através do luto e da imersão na solidão da vida nômade. Druk é uma bela ode à vida, a amizade e as experiências que buscamos como escapismo das nossas inseguranças. Deserto Particular mostra o acolhimento como arma necessária contra o embrutecimento emocional, enquanto Deixe-o Partir e Ataque dos Cães tem muito a dizer sobre a intersecção que existe entre a violência e o territorialismo. Por sua vez Cabeça de Nêgo e Azor apresentaram dois diretores estreantes, ambos antenados com o cinema social. Em First Cow, Kelly Reichardt mostra o homem no seu foro íntimo, desconectado da brutalidade que contaminava a natureza masculina rústica do século XIX. Por fim, Undine faz um cinema de gênero forte em simbolismos e significados para fazer o seu estudo das relações amorosas, enquanto Amor, Sublime Amor trata a sua história de amor trágica, a partir da ótica da diversidade e representatividade. 

GABRIEL BRAVO DE LIMA 

  1. Ataque dos cães 
  2. Annette 
  3. Matrix Resurrections 
  4. A filha perdida 
  5. Deserto particular 
  6. Cabeça de Negô 
  7. Maligno 
  8. The Card Counter 
  9. Tempo 
  10. Shiva Baby 

“Ataque dos cães” foi a obra que mais me impactou no ano. As atuações e o domínio completo de Jane Campion na direção construíram as imagens que mais ficaram na minha cabeça. Dentre os filmes que assisti nos cinemas, “Matrix” foi a melhor experiência. O blockbuster anti fan service, um retorno nostálgico sem abrir mão de nos apresentar um caminho para o futuro. Nesse sentido, é muito bom ter artistas como Lana Wachowski, M. Night Shyamalan e James Wan ainda tendo a possibilidade de construir filmes autorais em Hollywood. 

Dentre os filmes nacionais, “Deserto Particular” é um romance de coração aberto, uma carta de amor às breguices e grandes paixões. Enquanto “Cabeça de Nêgo” é uma força devastadora tanto em forma quanto em conteúdo, filme que pode se tornar um marco de um cinema que cansou de apanhar. 

IVANILDO PEREIRA 

  1. Undine 
  2. Ataque dos Cães 
  3. Nomadland 
  4. Druk: Mais uma Rodada 
  5. A Filha Perdida 
  6. Spencer 
  7. O Último Duelo 
  8. Shiva Baby 
  9. Verão de 85 
  10. A Mão de Deus 

Não houve nenhum grande filme em 2021, em minha opinião, assim como não houve em 2020. Mas tivemos alguns ótimos, experiências variadas que saíram do lugar comum e surpreenderam pela inteligência e pela humanidade. Meu favorito foi o mais curioso e particular de todos, um filme sobre o qual ainda estou pensando e isso é bom. Numa era em que cinema vira conteúdo, fast food, feito para se esquecer assim que a aba da Netflix aponta sugestões para você, esses aí – especialmente o primeiro colocado – são experiências que ficam na memória.   

LAIZE MINELLI 

  1. Ataque dos Cães  
  2. Amor, sublime amor  
  3. Marighella 
  4. King Richard: Criando Campeãs 
  5. Casa Gucci 
  6. Annette 
  7. Tick, Tick, Boom 
  8. Homem-Aranha: Sem Volta para Casa 
  9. Maligno 
  10. O Último Duelo 

A inveja e humilhação são sentimentos que certamente todo mundo já experimentou, mas ver a atuação do Benedict, dentro daquela narrativa criada pela Jane Campion de machismo, misoginia é uma autoflagelação, permeada pela fotografia da Ari Wegner, que que compõem cenas tão profundas, realmente é um passeio nas várias camadas dos obscuros e doloridos sentimentos humanos que me agradou bastante. 

LUCAS LOPES AFLITOS 

  1. Nomadland 
  2. Ataque dos Cães 
  3. Judas e o Messias Negro 
  4. Bela Vingança 
  5. Meu Pai 
  6. Minari 
  7. Druk 
  8. Identidade  
  9. Homem-Onça  
  10. CODA – No Ritmo do Coração 

Nesse mundo pandêmico em que vivemos – e que parece que não terá seu fim tão cedo – o cinema/arte em geral, mais uma vez, nos mostra que é possível sonhar, ter nossa válvula de escape e ainda assim manter os pés na realidade. Esse top 10 diz muito sobre a minha vivência no ano de 2021. Da busca da conexão consigo mesmo (Nomadland), na mais profunda e angustiante solidão (Ataque aos Cães), na resistência de um corpo negro em existir (Judas e o Messias Negro/Identidade), a busca por justiça nem que seja por meios tortos (Bela Vingança), zelo e cuidado ao amor maternal (Meu Pai), a busca por melhores condições de vida e sanidade (Minari), o surto, a adaptação, o álcool como auxílio, o total devaneio e o corpo renascido diariamente, como no Mito de Prometeu (Druk/Homem-Onça). Mas só o amor e a música (arte) transcendem (CODA). 

Como diz Maria Bethânia, é preciso viver a realidade com certo delírio, só a realidade é insuportável. 

LUCAS PISTILLI 

  1. Druk 
  2. Duna
  3. Azor
  4. Ema
  5. Nomadland
  6. A Filha Perdida
  7. Noite Passada em Soho
  8. Nunca Mais Nevará
  9. Alice e o Prefeito
  10. O Homem Ideal 

“Druk” foi o filme que me abraçou mais forte em 2021. Que me fez considerar a mortalidade e a beleza da vida em um ano em que eu precisava fazer essas coisas. “Duna”, por sua vez, me lembrou do espetáculo que só o cinema é capaz de proporcionar. Entre esses dois extremos, o ano teve um pouco de tudo, mas foram filmes sensíveis como “Nomadland”, “A Filha Perdida” e “Nunca Mais Nevará” que deixaram momentos inesquecíveis. Para além dos grandes lançamentos, o pesado e brilhante “Azor” foi a gema escondida desta temporada. Um suspense à moda antiga, onde tudo é suspeito. Vê-lo foi quase como voltar no tempo. 

LUCAS VASCONCELOS 

  1. Meu Pai 
  2. A Filha Perdida 
  3. Bela Vingança 
  4. A Lenda de Candyman 
  5. Judas e o Messias Negro 
  6. Alvorada 
  7. Nomadland 
  8. Amor, Sublime Amor 
  9. Tick, Tick… Boom! 
  10. Coda – No Ritmo do Coração 

O ano de 2021 foi um ano com bons filmes se comparado ao do ano anterior. Ainda que a pandemia não esteja completamente vencida, ela não foi tão limitadora do lançamento de diversas obras que conseguem nos impactar da maneira que só a sétima arte sabe fazer. Em “Meu Pai” e “A Filha Perdida” temos ótimos estudos de personagem imersivos capazes de deixar qualquer um pensando por horas após o término do filme. Já em “Bela Vingança”, “A Lenda de Candyman” e “Judas e o Messias Negro”, observamos o grito por justiça que parte da sociedade clama, seja pela equidade de gênero ou o fim da discriminação racial. “Alvorada” é mais um interesse recorte de uma das maiores personalidades políticas brasileiras. “Nomadland” talvez seja a obra que mais abrace todo o sentimento de melancolia e tristeza que a pandemia provocou no mundo. E por fim, temos três boas obras que levantam uma importante questão “será que a temporada de 2022 vai ser marcada como o ano dos musicais?” 

PÂMELA EURÍDICE 

  1. Ataque dos Cães 
  2. A Filha Perdida 
  3. Collective 
  4. Cabeça de Negô 
  5. Marighella 
  6. Druk 
  7. Maligno 
  8. Nomadland 
  9. Quo vadis, Aida? 
  10. Annette  

Os filmes dessa lista são aqueles que se tornaram imprescindíveis para a compreensão da sociedade em que nos encontramos. De forma geral, eles discutem políticas públicas, condições de gênero – inclusive criando rupturas ao que se convencionou – e entregam narrativas criativas, curiosas e envolventes. Por tudo isso, merecem não apenas a colocação na lista, mas serem prestigiados, também. 

REBECA ALMEIDA 

  1. Duna 
  2. Nomadland 
  3. Luca 
  4. Tick, tick… Boom!  
  5. Homem-Aranha: longe de casa  
  6. O Esquadrão Suicida 
  7. Meu pai 
  8. Judas e o messias negro  
  9. Em um bairro de Nova York  
  10. Marighella  

Pode ser a abstinência de ir ao cinema devido a pandemia ou mesmo a minha queda por fantasia/aventura/ficção científica, mas ‘Duna’ foi o filme que me deu a melhor experiência de cinema 2021. O som, os cenários, elenco, a condução da narrativa… Enfim, facilmente a produção de Denis Villeneuve tomou esse primeiro lugar. Em seguida, ‘Nomadland’, o tipo de filme que eu adoro, que aborda facilmente temáticas mais sérias, algo também visto em ‘Luca’. Já ‘Tick, Tick… Boom’ e ‘Um Bairro de NY’ são os dois melhores musicais em um ano que o gênero voltou com força. ‘Homem-Aranha’ e ‘Esquadrão Suicida’ foram os mais excitantes quando se fala de super-heróis, ou, ao menos, os não esquecíveis. Fechando a lista, ‘Meu Pai’, ‘Judas e o Messias Negro’ e ‘Marighella’, ótimos filmes com atuações marcantes e boas temáticas. 

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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2021.

Para cada lista, fizemos a pontuação:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!

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VEJA AS LISTAS DE MELHORES FILMES DE 2017 A 2020: