'Aquarius': equilíbrio perfeito entre simbolismos, política e memória afetivaMELHOR ATRIZ DE 2016

  1. Sônia Braga, por “Aquarius” – 208 PONTOS
  2. Isabelle Huppert, por “Elle” – 187 PONTOS
  3. Brie Larson, por “O Quarto de Jack” – 109 PONTOS
  4. Cate Blanchett, por “Carol” – 71 PONTOS
  5. Amy Adams, por “A Chegada” – 64 PONTOS


Caio Pimenta

  1. Isabelle Huppert, por “Elle”
  2. Sônia Braga, por “Aquarius”
  3. Emma Suárez e Adriana Ugarte, por “Julieta”
  4. Amy Adams, por “A Chegada”
  5. Sasha Lane, por “Docinho da América”
  6. Alicia Vikander, por “A Garota Dinamarquesa” e “A Luz Entre Oceanos”
  7. Brie Larson, por “O Quarto do Jack”
  8. Rooney Mara, por “Carol”
  9. Salma Hayek, por “O Conto dos Contos”
  10. Margot Robbie, por “Esquadrão Suicida”

Comentário

Como não existe empate aqui no Cine Set e tratam-se de duas atuações irreparáveis, Huppert vence Braga por “Elle” ser melhor que “Aquarius”. Que trabalho Suárez e Ugarte fazem no dolorido “Julieta”. Se Amy Adams expõe de maneira precisa toda a complexidade dramática em “A Chegada”, Sasha Lane possui uma energia e vigor que remete a Adele Exarchopoulos em “Azul é a Cor Mais Quente”. Alicia Vikander e Brie Larson são duas das mais promissoras atrizes do cinema americano e Rooney Mara atinge a maturidade em “Carol”. Salma Hayek consegue o melhor papel da carreira e o esforço de Margot Robbie para tirar “Esquadrão Suicida” da mediocridade é digno de nota. Pena que não uma andorinha só…

sonia-braga-aquariusCamila Henriques

  1. Sônia Braga, por “Aquarius”

  2. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”

  3. Andreia Horta, por “Elis”

  4. Rooney Mara, por “Carol”

  5. Cate Blanchett, por “Carol”

  6. Isabelle Huppert, por “Elle”

  7. Kiki Kitana Rodriguez, por “Tangerine”

  8. Anya Taylor Joy, por “A Bruxa”

  9. Saoirse Ronan, por “Brooklyn”

  10. Mary Elizabeth Winstead, por “Rua Cloverfield 10”

Comentário

Que beleza ver Sônia Braga de volta e em um papel que faz jus ao seu talento e sua ‘persona’ de estrela. Falando em estrela, Brie Larson foi a revelação do ano com seu trabalho sensível como uma sobrevivente de estupro/sequestro em “O Quarto de Jack”. Já Andreia Horta driblou as falhas de roteiro e a pouca inventividade de “Elis” e se transformou de forma surpreendente na eterna Pimentinha. Rooney Mara e Cate Blanchett encantaram em “Carol” e fizeram do filme de Todd Haynes uma das mais belas histórias de amor do ano. Não sou a maior fã de “Elle” (me processem), mas é inegável a força que a diminuta Isabelle Huppert imprime a cada trabalho. Kitana Rodriguez e Anya Taylor Joy foram as estrelas do cinema independente em 2016, enquanto a promissora Saoirse Ronan apareceu ainda mais apaixonante em “Brooklyn”. Fecho a lista com a subestimada Mary Elizabeth Winstead e seu trabalho visceral em “Rua Cloverfield , 10”.

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Danilo Areosa

  1. Isabelle Huppert, por “Elle/O Que Está por Vir”
  2. Sônia Braga, por “Aquarius”
  3. Cate Blanchett, por “Carol”
  4. Saoirse Ronan, por “Brooklin”
  5. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
  6. Rooney Mara, por “Carol”
  7. Masami Nagasawa, por “Nossa Irmã Mais Nova”
  8. Valentina Herszage, por “Mate-me Por Favor”
  9. Alicia Viklander, por “Garota Dinamarquesa”
  10. Anya Taylor-Joy, por “A Bruxa”

Comentário

Menções Honrosas: Emmanuelle Bercot por Meu Rei; Kim Min-Hee por Certo Agora, Errado Antes; Maeve Jenkings – Boi Neon; Amy Adams por A Chegada e Sarah Paulson por Blue Jay

A categoria de maior destaque no ano que se passou, foi a de atuações femininas. 2016 representou um ano excelente de interpretações e personagens femininas fortes no cinema. E ver duas musas como Isabelle Huppert e Sônia Braga nos postos mais altos na categoria, não tem preço. Huppert entregou dois papéis intensos em Elle e O Que Está Por Vir.       Por mais que interprete personagens diferentes na essência, a atriz soube proporcionar reações, sensações e emoções fortes ao espectador. Braga voltou ao palco das grandes atuações – e a qual ela merece estar-, personificando a força crescente da mulher na sociedade atual através da adorável Clara em Aquarius. Outra musa, Cate Blanchett, criou mais uma vez, de forma sutil, uma personagem complexa e cativante como a protagonista Carol. É claro que nada disso, funcionaria sem a presença da ótima Rooney Mara para conferir sensibilidade nesta relação amorosa.

2016 também marcou a consolidação de uma nova geração de atrizes: Brie Larson e Alicia Viklander apresentaram a energia dramática necessária sendo ambas recompensadas com o Oscar por O Quarto de Jack e A Garota Dinamarquesa. Saoirse Ronan irradiou com maturidade cada frame de Brooklin e é outra que está no caminho certo do estrelato. Entre as revelações, a brasileira Valentina Herszage e americana Anya Taylor-Joy chamaram a atenção em duas produções que flertam com o horror: Mate-me Por Favor e A Bruxa. São duas atrizes para ficarmos de olho em 2017. Por fim, Masami Nagasawa como a irmã mais velha de Nossa Irma Mais Nova, transmitiu sabedoria, encantamento e sensibilidade nesta linda obra asiática.

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Diego Bauer

1 – Isabelle Huppert, por “Elle”

2 – Sônia Braga, por “Aquarius”

3 – Rooney Mara, por “Carol”

4 – Alicia Vikander, por “A Garota Dinamarquesa”

5 – Brie Larson, por “O Quarto de Jack”

6 – Maeve Jinkings, por “Boi Neon”

7 – Amy Adams, por “A Chegada”

8 – Cate Blanchett, por “Carol”

9 – Anya Taylor Joy, por “A Bruxa”

10 – Saoirse Ronan, por “Brooklin”

Comentário

Huppert, em Elle, tem a grande atuação do ano com uma personagem repleta de camadas, ameaças, hipnotizante. Menos ameaçadora, mas tão hipnotizante quanto vem Sônia Braga, com o seu retorno triunfal em Aquarius. Acho que não fui captado em muitos níveis por Carol, a exceção sem dúvida nenhuma está no lindo trabalho das atrizes Rooney Mara e Cate Blachett, com destaque para a primeira. Outro verdadeiro destaque (e dessa vez sozinha) está Alicia Vikander em A Garota Dinamarquesa, numa atuação pra chamar a atenção do mundo. Auxiliada pela rica dinâmica com Tremblay, Brie Larson tem nas mãos a condução de uma difícil personagem, e se sai muito bem, em O Quarto de Jack. Desde O Som Ao Redor Jinkings vem se mostrando como uma das atrizes brasileiras mais interessantes, e o seu trabalho em Boi Neon mostra que as apostas em cima do seu nome não estavam erradas. A sempre ótima Amy Adams é o que tem de melhor A Chegada, entregando toda a sua energia para que acreditemos nas soluções complicadas do filme. A grande surpresa do ano, nas atuações, é a jovem Anya Taylor Joy, carregando A Bruxa com segurança, num trabalho muito acima da média. Por fim Ronan mostra que é uma atriz capaz de levar adiante o alto nível apresentando em Desejo e Reparação, dessa vez numa personagem com conflitos mais maduros e desafiadores, no bom Brooklin.

cena-do-filme-brasileiro-aquarius-dirigido-por-kleber-mendonca-filho-com-sonia-braga-no-elenco-1462821326064_956x500Gabriel Oliveira

  1. Sonia Braga, por “Aquarius”
  2. Isabelle Huppert, por “Elle”
  3. Amy Adams, por “A Chegada”
  4. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
  5. Cate Blanchett, por “Carol”
  6. Rooney Mara, por “Carol”
  7. Mary Elizabeth Winstead, por “Rua Cloverfield 10″
  8. Anya Taylor-Joy, por “A Bruxa”
  9. Emma Suárez, por “Julieta”
  10. Saoirse Ronan, por “Brooklin”

Comentário

Um ano bom é um ano em que se tem tantas atuações femininas marcantes que fica até difícil classificar qual é a melhor. No topo, porém, não tem pra ninguém: Sonia Braga é a alma de Aquarius. Sua Clara é resistência, força e beleza, mas também tem sua dose de fragilidades, e a atriz encarna todas essas camadas com perfeição. Também forte e bela, mas com menos candura, é Isabelle Hupert em Elle, vivendo uma A Professora de Piano 2.0, carregada de cinismo e desejo, com plena consciência de seu poder em cena.

Com mais doçura e menos crueldade, Amy Adams, Cate Blanchett e Rooney Mara também compõem personagens que passeiam por diferentes zonas em suas trajetórias, explorando força e delicadeza ao mesmo tempo. A primeira é o forte centro emocional de A Chegada; já as duas protagonistas de Carol são contrastes entre si, mas numa sintonia apaixonante e quase mágica.

No cinema “para o povão”, se ano passado tivemos a Furiosa de Mad Max, a heroína desse ano vem de Rua Cloverfield, 10, na pele de Mary Elizabeth Winstead, que nos ensina muitas lições de como agir se um dia você for sequestrada por John Goodman. Já Anya Taylor-Joy é a revelação de A Bruxa, encarando um belo arco de repressão e empoderamento em tempos coloniais.

Por fim, duas atrizes que brilharam em filmes menores, e sem as quais a empreitada teria valido menos a pena: Emma Suárez, a mais recente musa de Pedro Almodóvar em Julieta, e Saoirse Ronan, deixando Brooklin leve do jeito que precisava ser.

'Elle': o feminismo de Paul VerhoevenIvanildo Pereira

  1. Isabelle Huppert, por “Elle”
  2. Sonia Braga, por “Aquarius”
  3. Amy Adams, por “A Chegada”
  4. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
  5. Rooney Mara, por “Carol”
  6. Sasha Lane, por “Docinho da América”
  7. Oulaya Amamra, por “Divinas”
  8. Sarah Paulson, por “Blue Jay”
  9. Anya Taylor-Joy, por “A Bruxa”
  10. Rachel Weisz, por “O Lagosta”

Comentário

Num ano de grandes desempenhos femininos, Larson ganhou merecidamente o Oscar, Weisz tornou uma personagem esquisita em algo especial, Mara comprovou o seu talento e as jovens Taylor-Joy, Lane e Amamra explodiram com performances intensas. Com certeza ouviremos mais sobre elas no futuro.

Paulson conseguiu emocionar até o mais duro coração junto com seu companheiro de cena Mark Duplass num dos melhores independentes do ano.

E nos três melhores desempenhos do ano: Adams representou a humanidade com um trabalho sensível e sutil numa ficção-científica marcante, e a veterana Braga ressurgiu com o papel da sua vida. Mas nada consegue superar a força e a coragem de Huppert: Sua atuação em Elle é daquelas para coroar carreiras, a definitiva comprovação do poder de uma atriz que nunca teve medo de ir aos extremos de suas personagens.

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Lucas Jardim

1. Sônia Braga, por “Aquarius”
2. Isabelle Huppert, por “Elle”
3. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
4. Rooney Mara, por “Carol”
5. Cate Blanchett por “Carol”
6. Maeve Jenkings, por “Boi Neon”
7. Emma Suárez, por “Julieta”
8. Susanne Wuest, por “Boa Noite, Mamãe”
9. Anya Taylor Joy, por “A Bruxa”
10. Amy Adams, por “A Chegada”
Comentário

Você vai ler em vários lugares que Sônia Braga ganharia mais prêmios se tivesse gravado Aquarius em inglês. A vida não é justa, o mundo do entretenimento muito menos. Sua Clara é a alma do filme de Kléber Mendonça Filho e ela nos hipnotiza da melhor forma: nos fazendo acreditar que ela pode realmente morar no apê ao lado.

No espectro oposto, gostaríamos de pensar que a personagem que Isabelle Huppert vive tão intensamente em Elle está a quilômetros de distância de nós. Uma das mulheres mais complexamente desprezíveis a aparecer no celuloide, Michelle é vítima e algoz e um retrato perturbador de uma psicopatia velada, que incomoda todos ao seu redor ao mesmo tempo em que tenta rebater um trauma.

Brie Larson, por sua vez, emociona como a mãe de O Quarto de Jack, como o fazem as amantes interpretadas por Rooney Mara e Cate Blanchett em Carol. Mara, uma moça frágil que se vê às voltas com uma mulher mais experiente, pega uma carga emocional maior para si e seu talento brilha um pouco a mais no filme de Todd Haynes.

Nas demais posições, Emma Suárez e Anya Taylor Joy se destacam em seus filmes (Julieta e A Bruxa, respectivamente) que, apesar de terem suas problemáticas, são elevados por essas atuações; Suzanne Wuest faz um incrível trabalho mesmo sem levar sua cara no suspense Boa Noite, Mamãe; e Maeve Jenkings (Boi Neon) e Amy Adams (A Chegada) vivem mulheres decididas e guerreiras em ambientes que lhes desafiam.

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Pâmela Eurídice

  1. Isabelle Huppert, por “Elle”
  2. Sonia Braga, por “Aquarius”
  3. Trine Dyrholm, por “A Comunidade”
  4. Amy Adams, por “Animais Noturnos”
  5. Cate Blanchett, por “Carol”
  6. Maeve Jenkings, por “Boi Neon”
  7. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
  8. Rooney Mara, por “Carol”
  9. Jennifer Jason Leigh, por “Anomalisa”
  10. Alicia Vikander, por “A Garota Dinamarquesa”

Comentário

Essas mulheres roubaram a cena em 2016. Huppert e Sonia Braga mereciam estar no primeiro lugar juntas. Elas protagonizaram dois dos melhores exemplares cinematográficos de 2016 e que tomaram esse posto justamente pela atuação delas.  Braga representou toda uma nação, enquanto Huppert, reafirmou-se como um ícone. Dyrholm foi o sopro de existência da comunidade e nos comoveu nessa volta aos dramas familiares de Vinterberg. Blanchett é uma das melhores atrizes da nossa era e generosamente dividiu os méritos de Carol com Rooney Mara, que se entregou docemente a personagem e segurou a narrativa lado a lado a atriz inglesa.

Jennifer Jason Leigh mostrou que a interpretação também está na voz e tornou-a memorável. Vikander tomou os holofotes para si e mostrou em meio ao turbilhão de confusões do fiasco Garota Dinamarquesa, quem merecia o título.

Maeve Jenkings exulta a potencia do cinema pernambucano, representa o empoderamento que lutamos hoje por meio da força que Galega simboliza em seu meio, um resultado do crescimento do trabalho da atriz. Assim como Adams, que mais uma vez confirma-se como uma das mais intensas intérpretes do cinema contemporâneo.

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Renildo Rodrigues

  1. Emma Suárez e Adriana Ugarte, por “Julieta”
  2. Sônia Braga, por “Aquarius”
  3. Amy Adams, por “A Chegada”
  4. Tao Zhao, por “As Montanhas Se Separam”
  5. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
  6. Margot Robbie, por “Esquadrão Suicida”
  7. Alicia Vikander, por “A Garota Dinamarquesa”
  8. Jennifer Lawrence, por “Joy: O Nome do Sucesso”
  9. Blake Lively, por “Águas Rasas”
  10. Kristen Stewart, por “Café Society”

Comentário

Sônia Braga e sua feroz performance em Aquarius que me desculpem, mas, para este escriba, as melhores atuações femininas de 2016 estão em Julieta, o novo candidato a clássico do mestre espanhol Pedro Almodóvar. O trabalho de Emma Suárez e Adriana Ugarte, como as versões madura e jovem da personagem-título, é tão homogêneo, tão nuançado e tão rico, que eu tomei a liberdade de colocar as duas no topo.

Por sinal, só mesmo a exuberância e vitalidade de Braga no filme de Kleber Mendonça Filho para desbancar a trabalhadora mais árdua do cinema em 2016: Amy Adams. Num ano impecável, ela marcou terreno tanto entre os fãs de quadrinhos e super-heróis (com o monótono Batman Vs. Superman: A Origem da Justiça) como entre os cinéfilos mais cascudos, emplacando os densos A Chegada, de Denis Villeneuve, e Animais Noturnos, de Tom Ford. Mas ainda houve vários outros exemplos de grandes atuações femininas que carregaram e elevaram os respectivos filmes nesse ano: a inesquecível Tao Zhao, de As Montanhas Se Separam; a incandescente Brie Larson, de O Quarto de Jack; a comovente Alicia Vikander, de A Garota Dinamarquesa. E como esquecer a Arlequina de Margot Robbie, de longe o personagem mais icônico do cinema americano em 2016?

Por fim, três belos exemplos de força feminina no cinema hollywoodiano mainstream: Jennifer Lawrence, que redime o irregular Joy: O Nome do Sucesso, de David O. Russell; Blake Lively, que consegue fazer de uma obra pulp como Águas Rasas um tour de force de esforço físico e presença em cena; e Kristen Stewart, cujo rosto luminoso é a moldura que fica na memória muito tempo depois que se assiste a Café Society, bom trabalho do mestre Woody Allen deste ano.

Sônia Braga em AquariusSusy Freitas

  1. Sônia Braga, por “Aquarius”
  2. Isabelle Huppert, por “Elle”
  3. Kiki Kitana Rodriguez, por “Tangerine”
  4. Cate Blanchett, por “Carol”
  5. Brie Larson, por “O Quarto de Jack”
  6. Emmanuelle Berçot, por “Meu Rei”
  7. Kate Beckinsale, por “Amor e Amizade”
  8. Trine Dyrholm, por “A Comunidade”
  9. Margot Robbie, por “Esquadrão Suicida”
  10. Saoirse Ronan, por “Brooklyn”

Comentário

Existe a possibilidade de colocar Sônia Braga e Isabelle Huppert no primeiro lugar? Porque, sinceramente, com dois trabalhos tão impactantes, o critério para colocar a brasileira no topo foi puro bairrismo mesmo. A grande surpresa da lista fica por conta de Kiki Kitana Rodriguez, cujo trabalho em Tangerine exala vida de um universo ao qual a maioria das pessoas prefere manter bem a margem da sociedade. Vindo direto dos lançamentos nos cinemas do início de 2016, as indicadas ao Oscar, Cate Blanchett, Brie Larson e Saoirse Ronan, trouxeram uma rica representação de mulheres em conflito, ainda que de naturezas bastante diversas.

Também correndo por fora do Top 5, é digna de nota a atuação de Emmanuelle Berçot como uma mulher em uma longa busca para sair de um relacionamento abusivo em “Meu Rei”. Na contramão de Berçot, Trine Dyrholm vai de uma mulher extremamente forte e inquieta para a total fragilidade em “A comunidade”. Na sessão “mulheres não apenas belíssimas, como muito talentosas”, temos Kate Beckinsale, cuja memória sempre aponta para a vampira de “Anjos da noite”, mas que mostra que seu talento vai muito além dos dotes físicos com a comédia de época “Amor & amizade”; e Margot Robbie, que ganhou muitos closes de sua bunda em “Esquadrão suicida”, mas encarnou a Arlequina dos quadrinhos de maneira bastante fiel em sua loucura e contradições (pelo menos, no que o roteiro tosco permitiu…).

COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET:

Cada um dos nove críticos do Cine SET elege o seu ‘TOP 10’. Critério leva em conta filmes lançados nos cinemas, streaming ou televisão no Brasil entre 1o de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!