EQUIPE CINE SET – MELHOR ATOR 2012

1 – Jean Dujardin, por “O Artista” – 65 pontos

2 – Joáo Miguel, por “Xingu” e “À Beira do Caminho” – 40 pontos

3 – Michael Fassbender, por “Shame”, Um Método Perigoso” e “Prometheus” – 37 pontos

4 – Rodrigo Santoro, por “Heleno” – 36 pontos

5 – Ryan Gosling, por “Drive” – 30 pontos

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Caio Pimenta

1 – Jean Dujardin, por “O Artista”

2 – Rodrigo Santoro, por “Heleno”

3 – Gary Oldman, por “O Espião Que Sabia Demais”

4 – Michael Fassbender, por “Shame”, Um Método Perigoso” e “Prometheus”

5 – João Miguel, por “Xingu” e “À Beira do Caminho”

Comentário

Desde que vi Santoro em “Heleno” sabia que iria crescer uma dúvida que duraria até este fim de ano: quem vence o prêmio de melhor ator? Ele ou Dujardin? Brasil x França? Resolvi dar uma de ‘Zidane’ e decidi pela atuação incrível do francês. A escolha se deve mais em relação a achar que “O Artista” é um pouco melhor que o longa do craque do Botafogo. Se for pelos dois em si, seria empate e não sou tão em cima do muro assim.

Já Gary Oldman tinha um terceiro lugar cativo, apesar de “O Espião…” não ser um dos melhores filmes da carreira dele. Porém, a cena da borboleta no carro mostra como um ator, sem realizar gesto algum, pode nos dar todas as camadas de um grande personagem.

Fassbender e Miguel estão na lista, não somente pelo talento, como também pelos trabalhos incríveis realizados em 2012. Ambos se consolidaram como destaques cinematográficos de seus respectivos países.

Por último, é claro, deixo outros ótimos trabalhos que marcaram 2012: George Clooney (“Os Descendentes”), Omar Sy (“Os Intocáveis”), Ryan Gosling (“Drive”), Demián Bichir (“Uma Vida Melhor”) e Leonardo DiCaprio (“J.Edgar”).

Entre a turma dos atores coadjuvantes, cito Tom Wilkinson (“O Exótico Hotel Marigold”), Andy Serkis (“O Hobbit”), Ezra Miller (“Precisamos Falar Sobre Kevin”), Albert Brooks (“Drive”), Matthew McConaughey (“Magic Mike”), Armie Hammer (“J.Edgar”) e Michael Caine (“Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”), além do cãozinho Uggie de “O Artista”.

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César Nogueira

1 – Jean Dujardin, por “O Artista”

2 – Omar Sy, por “Os Intocáveis”

3 – Christian Bale, por “Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge”

4 – João Miguel, por “Xingu” e “À Beira do Caminho”

5 – Peyman Moaadi, por “A Separação”

Comentário

Este ano não teve uma atuação masculina que se sobressaísse muito às demais. Não tivemos um Coringa de Heath Ledger. Mesmo assim, o nível dos trabalhos foi alto. Peyman Moaadi impressiona com o patriarca Nader, de A Separação. O ator realmente deu vida aos extremos de emoções que o papel exige.

João Miguel e Christian Bale merecem destaque por terem feito com competência duas atuações neste ano. O brasileiro nos brindou com seu talento em Xingu e À Beira do Caminho; o galês, com Flores do Oriente e O Cavaleiro das Trevas Ressurge, manteve seu costume de viver homens atormentados.

Curiosamente, os dois primeiros lugares ficaram com franceses. Omar Sy transborda carisma em Os Intocáveis a ponto de nos fazer esquecer dos conflitos étnicos que o seu país vive atualmente. Jean Dujardin, ganhador do Oscar de Melhor Ator neste ano, nos lembrou, em O Artista, como a pantomima, quando bem feita, pode ter mais força que mil palavras. Além disso, a simpatia de Dujardin contribuiu e muito para a defesa que o filme faz da “magia do cinema”, que vive uma crise sem precedentes nestes tempos de YouTube e download em torrent.

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Diego Bauer

1 – Denis Lavant, por “Holy Motors”

2 – Rodrigo Santoro, por “Heleno”

3 – Jean Dujardin, por “O Artista”

4 – Ryan Gosling, por “Drive”

5 – Javier Bardem, por “007 – Operação Skyfall”

Comentário

Se não tive dificuldades em definir o meu top 5 de atrizes, o de atores foi, sem dúvida, o mais difícil de todos. Algumas atuações memoráveis ficaram de fora, e tenho a impressão de que se tivesse que mandar a lista agora ela possivelmente seria diferente. Portanto, como uma forma de respeito a quem ficou de fora vou iniciar com uma merecida lista de menções honrosas. Como são muitos, vou me segurar e tentarei não entrar em detalhes: Garrett Hedlund, por Na Estrada (com a criação brilhante de uma figura lendária como Dean Moriarty); Julio Andrade, por Gonzaga: De Pai Para Filho; Ben Foster, por 360; e um dos melhores atores brasileiros do momento, João Miguel, por À Beira do Caminho.

Feita a limpada de barra, vamos aos escolhidos.

Dificuldades a parte, o primeiro lugar já estava assegurado. Até porque não tinha como não colocar Denis Lavant como a melhor performance do ano, pelo seu assustador trabalho em Holy Motors. Interpretando muitos personagens, todos eles de forma visceral e cada um com complexas individualidades, Lavant se mostra como um ator completo, em um trabalho que precisa ser visto.

Heleno de Freitas é um grande personagem, e Rodrigo Santoro explora isso com maestria em Heleno, ao trazer o charme e a arrogância dos dias glórias, bem como a demência e amargura dos dias no hospício, com força e veracidade. Uma prova de que Santoro não precisa mendigar papeis em Hollywood para crescer na carreira. E já que falei de Hollywood, em seguida vem o vencedor do Oscar de melhor ator, Jean Dujardin, que traz charme e um trabalho de corpo bastante sofisticado para o papel, fazendo com que o seu prêmio seja merecido.

Em seguida, dois trabalhos completamente diferentes. A gelada interpretação de Ryan Gosling, em Drive, e a visceral e frágil de Javier Bardem, em 007 – Operação Skyfall. É realmente uma pena Tudo Pelo Poder não poder entrar na lista (o filme foi lançado em 23 de Dezembro de 2011 no Brasil), pois se pudesse Gosling ficaria com o segundo lugar, o que premiaria o momento de um dos atores mais interessantes de Hollywood. E seria um crime deixar o talentosíssimo Javier Bardem de fora, que traz uma feminilidade que agrega uma química ótima com o sisudo Bond de Craig, fazendo com que a apresentação de Silva (personagem de Bardem) seja uma das melhores cenas do cinema no ano.

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Renildo Rodrigues

1 – Michael Fassbender, por “Shame”, Um Método Perigoso”, “Prometheus” e “À Toda Prova”

2 – Joáo Miguel, por “Xingu” e “À Beira do Caminho”

3 – Ryan Gosling, por “Drive”

4 – Daniel Craig, por “Millenium – Os Homens Que Não Amavam as Mulheres” e “007 – Operação Skyfall”

5 – Gary Oldman, por “O Espião Que Sabia Demais”

Comentário

Afirmando, novamente, a riqueza e a variedade exibidas pelo cinema em 2012, a disputa de Melhor Ator consegue ser tão ou mais intensa que a das suas rivais femininas. Com o agravante de que a falta de nomes conhecidos é ainda mais evidente (apenas Brad Pitt – por O Homem da Máfia – e George Clooney – que continua em grande forma em Os Descendentes – se destacam), o que indica uma bem-vinda oxigenação na indústria do cinema, bem como a força das produções independentes.

A miopia de Hollywood acabou furtando ao Oscar o ator que trabalhou mais e melhor em 2012: Michael Fassbender. Elevando o nível de todos os projetos nos quais esteve envolvido (Shame, Um Método Perigoso, À Toda Prova, Prometheus), Fassbender teve um 2012 de sonho, do qual, porém, é plenamente merecedor: seja no papel de um homem atormentado pelo vício em sexo (Shame), como um novato e vacilante Carl Jung (Método) ou como o androide David (Prometheus), a qualidade e a versatilidade de seu trabalho impressionaram os fãs de cinema em 2012. Torço pra que ele continue nesse pique.

Outro que fez de 2012 o seu grande ano foi o brasileiro João Miguel. Seu trabalho em À Beira do Caminho e Xingu vem afirmar, de uma vez por todas, o enorme talento desse ator, que contribuiu de forma decisiva para colocar o Brasil na disputa. Quem chegou perto, entregando, talvez, a melhor atuação de sua carreira, foi Rodrigo Santoro, mas o filme – Heleno, sobre o ídolo do Botafogo – acabou deixando a desejar. Uma ausência lamentável foi a de Selton Mello, que, em 2012, apareceu somente em dois filmes medíocres – Billi Pig e Reis e Ratos. Irandhir Santos, com Febre do Rato, e Luca Bianchi, por Paraísos Artificiais, também entregaram boas atuações.

E outro dos grandes filmes de 2012 também é fruto, em grande parte, do empenho de seu protagonista: Ryan Gosling. Logo após entregar um impressionante Tudo pelo Poder (2011), o ator caprichou no mistério e na melancolia de seu herói sem nome em Drive. Além dele, as interpretações de Daniel Craig (Millennium – Os Homens que Não Amavam as Mulheres e 007 – Operação Skyfall, que também tem o melhor coadjuvante do ano, Javier Bardem) e do veterano Gary Oldman (O Espião que Sabia Demais) deram maior brilho e inteligência aos thrillers feitos este ano.

Outros atores que merecem a lembrança: Michel Piccoli (Habemus Papam, a melhor atuação do também veterano ator, num filme que é frustrantemente falho), Peyman Moaadi (A Separação), Garrett Hedlund (On the Road – Na Estrada), Tom Hardy (Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge), Channning Tatum (Magic Mike), Andrew Garfield (O Espetacular Homem-Aranha) e Jean Dujardin (O Artista).

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Como Funciona nosso Sistema Para o Resultado Final

Cada um dos quatro críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 5`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!