EQUIPE CINE SET – MELHOR ATOR

  1. Joaquin Phoenix – O Mestre – 68 PONTOS
  2. Matthew McConaughey – Killer Joe – 55 PONTOS
  3. Mads Mikkelsen – A Caça – 46 PONTOS
  4. Daniel Day-Lewis – Lincoln – 35 PONTOS
  5. Tom Hanks – Capitão Phillips – 29 PONTOS

Caio Pimenta

  1. Matthew McConaughey – Killer Joe
  2. Joaquin Phoenix – O Mestre
  3. Mads Mikkelsen – A Caça
  4. Irandhir Santos – Tatuagem
  5. Jean-Louis Trintignant – Amor
  6. Hugh Jackman – Os Miseráveis e Os Suspeitos
  7. Jack Black – Bernie
  8. Daniel Day-Lewis – Lincoln
  9. Denzel Washington – O Voo
  10. Tom Hanks – Capitão Phillips

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McConaughey e Phoenix viveram momentos semelhantes: começaram como grandes promessas, se perderam pelo caminho e chegam à maturidade com trabalhos cada vez melhores. “Killer Joe” e “O Mestre” são trabalhos de naturezas opostas, porém, representam um caminho sem volta nas carreiras de ambos.

Mal aproveitado em Hollywood, Mikkelsen voltou à Dinamarca e entregou a melhor atuação da carreira. Irandhir é a alma de “Tatuagem” e comprova o talento dele após a participação pequena em “Tropa de Elite 2”. Trintignant merecia muito mais que apenas ficar na sombra de Riva pelo condução sóbria, mas sofrida do personagem dele em “Amor”.

Hugh Jackman mostrou em 2013 ser muito mais que o Wolverine, enquanto Jack Black mescla drama e humor no desconhecido “Bernie”. Melhor que as atuações de ambos, Hanks e Washington deram um tempo nos filmes ruins. O cinema ganha demais com essa decisão.

Mesmo não sendo brilhante, “Lincoln” serve para consolidar Day-Lewis no mesmo patamar de Al Pacino, Robert DeNiro e Marlon Brando. Pouca coisa, não?

Diego Bauer

  1. Joaquin Phoenix – O Mestre
  2. Mads Mikkelsen – A Caça
  3. Matthew McConaughey – Killer Joe
  4. Irandhir Santos – Tatuagem
  5. Denzel Washington – O Voo
  6. Jean-Louis Trintignant – Amor
  7. Daniel Day Lewis – Lincoln
  8. John Hawkes – As Sessões
  9. Tom Hanks – Capitão Phillips
  10. Hugh Jackman – Os Miseráveis e Os Suspeitos

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Menções honrosas em ordem aleatória: Bradley Cooper por O Lado Bom da Vida, Fabrício Boliveira por Faroeste Caboclo, Leonardo DiCaprio por O Grande Gatsby, Salvatore Strianno por César Deve Morrer, Ethan Hawke por Antes da Meia-Noite, Chris Hemsworth por Rush, Johnny Knoxville por Vovô Sem Vergonha.

A ordem dos seis primeiros colocados poderia ser invertida ou modificada sem nenhum prejuízo. Todos os seis alcançam a perfeição em suas atuações e colocá-los numa ordem de melhor e menos melhor é algo injusto, mas já que precisava ser feito, acho que esta foi a forma que encontrei para listá-los (apesar da dor no coração).

Phoenix tem uma força quase demoníaca em cena em O Mestre. Mikkelsen tem o poder de nos emocionar em uma atuação extremamente econômica, mas cheia de significados. O terceiro lugar fica com o Matthew McConaughey, o ator de melhor momento em Hollywood, que ressurgiu das cinzas de maneira surpreendente. O melhor ator do cinema brasileiro na atualidade é Irandhir Santos, força motriz do excepcional Tatuagem. Pouquíssimos atores alcançam o nível de atuação que Denzel Washington alcançou em O Vôo, um trabalho para ser revisto devido a maestria do seu intérprete. E por fim, Trintignant, o ator que carrega o filme mais devastador do ano, em uma atuação que tem no olhar uma expressividade rara.

Na sequência ainda temos atuações muito, muito boas. Como a de Daniel Day Lewis em Lincoln, filme no qual o ator está desamparado por uma direção e um roteiro problemáticos. John Hawkes que desempenha um bonito trabalho em As Sessões, criando um personagem fascinante. O retorno de Tom Hanks aos grandes papéis, em um exemplo de interpretação. E o surgimento de Hugh Jackman, um ator muito bom, que quando escolhe bons papéis, destaca-se pela sua expressividade e força cênica.

Renildo Rodrigues

  1. Daniel Day-Lewis – Lincoln
  2. Tom Hanks – Capitão Philips
  3. Hugh Jackman – Os Miseráveis e Os Suspeitos
  4. Denzel Washington – O Voo
  5. Jean-Louis Trintignant – Amor
  6. Bradley Cooper – O Lado Bom da Vida
  7. Marc-André Grodin – O Homem Que Ri
  8. Thiago Mendonça – Somos Tão Jovens

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Chegamos agora à lista mais difícil de 2013.

Infelizmente, esse foi um ano em que a minha programação de filmes, por conta de outros compromissos profissionais, ficou um pouco restrita. Aqui pelo Cine Set, me ocupei mais dos filmes nacionais e amazonenses e da programação convencional dos shoppings, com pouco tempo para acompanhar a produção europeia e alternativa (leia-se “fora dos shoppings de Manaus”). Foi com sufoco, aliás, que deu pra incluir O Som ao Redor e Azul é a Cor mais Quente nas listas dos últimos dias.

Por isso, já vou logo dizendo quem ficou de fora: Matthew McConaughey (Killer Joe), Joaquin Phoenix (O Mestre), Irandhir Santos (Tatuagem), John Hawkes (As Sessões), Toni Servillo (A Grande Beleza) e mais todos os outros que foram aclamados e que eu não consigo lembrar agora.

Em compensação, dá pra valorizar o empenho de Thiago Mendonça em reviver Renato Russo em Somos Tão Jovens, a atuação brilhante e, por isso mesmo, bastante surpreendente de Bradley Cooper em O Lado Bom da Vida, o trabalho intenso, porém sutil, de Jean-Louis Trintignant, geralmente subestimado em favor da parceira Emmanuelle Riva (Amor), e a que podemos considerar a melhor atuação desconhecida de 2013: Marc-André Grondin e seu O Homem que Ri – apesar do título, um dos heróis mais tristes do cinema. O filme foi exibido por aqui no festival Varilux.

Hugh Jackman, outro ator subestimado, entra na lista pelo conjunto da obra. Talentoso, completo, o ator se esmerou em três trabalhos tão radicalmente diferentes quanto Os Miseráveis, Wolverine – Imortal e Os Suspeitos. Já está na hora de levá-lo mais a sério.

De resto, os suspeitos de sempre (Daniel Day-Lewis, Tom Hanks), embora eu tenha o prazer de saudar o retorno de Denzel Washington às grandes atuações em O Voo – e torcer pra que esse grande ator continue a se desafiar em papéis mais complexos.

Susy Freitas

  1. Joaquim Phoenix – O Mestre
  2. Phillip Seymour Hoffman – O Mestre
  3. Matthew McConaughey – Killer Joe
  4. Matthew Goode – Stoker: Segredos de Sangue
  5. Mads Mikkelsen – A Caça
  6. Tom Hanks – Capitão Phillips
  7. Daniel Brühl – Rush – No limite da emoção
  8. Pierre Deladonchamps – Um estranho no lago

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Essa foi uma lista que acabou se entrelaçando com a de Melhores Coadjuvantes, uma vez que “Rush – No limite da emoção” e “O Mestre” têm uma dupla como protagonista, um dando apoio em cena ao outro igualmente. Por isso deixo meu primeiro e segundo lugar para Joaquim Phoenix e Philip Seymour Hoffman, dada a conexão entre seus personagens em “O Mestre”, sendo que Phoenix só chegou ao topo pelo fator surpresa de sua atuação esplêndida no longa de Paul Thomas Anderson.

A dobradinha só não se repete com “Rush” porque Chris Hemsworth, embora tenha se mostrado capaz de interpretar um personagem multidimensional pela primeira vez, ainda tem que provar se a proeza foi fruto de uma ótima direção ou de sua habilidade como ator. Já com Daniel Brühl, temos a garantia de um talento proeminente, para o qual a ótima caracterização física como Nick Lauda foi um interessante plus.

Como minha predileção por personagens malucos não tem limites, não poderia deixar de destacar Matthew McConaughey em “Killer Joe” e “Matthew Goode em “Stoker – Segredos de sangue”. O primeiro finalmente voltou à boa forma do início de seu estrelato, trazendo uma interpretação intensa da perturbação violenta do personagem-título, aliada a uma transformação física só não mais assustadora que a que veremos em “Dallas Buyers Club”. Já Goode (meio apagado como outro maluco, o Ozymandias em “Watchmen”) equilibra com perfeição os simbolismos implícitos de “Stoker” através de trejeitos contidos que, no entanto, nunca deixam o espectador duvidar que há algo muito, muito errado com o personagem.

Por mais que eu relute por pura teimosia, seria injusto não citar a atuação de Tom Hanks em “Capitão Phillips”. Fazer com que o espectador esqueça seu famosíssimo nome, veja-o de fato como o personagem-título e ainda evocar em nós um real envolvimento com a trama através da atuação não é uma tarefa das mais fáceis, e isso Hanks consegue fazer até hoje, não importa quantos outros filmes de bom-moço ele faça logo em seguida.

Saindo um pouco do terreno seguro da língua inglesa, Mads Mikkelsen alcançou merecido destaque graças a “A Caça”, mostrando que suas ambições e talento vão muito além de ser um coadjuvante de luxo nos EUA. Já Pierre Deladonchamps surge um pouco como a Adéle Exarchopoulos da ala masculina, apresentando uma atuação complexa e ousada em “Um estranho no lago”, filme no qual um ator menos competente se perderia fácil. Que ele aproveite a chance para pular dos filmes e séries televisivos para o cinema!

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COMO FUNCIONA O SISTEMA DE PONTUAÇÃO DO CINE SET

Cada um dos cinco críticos do Cine SET elegem o seu `TOP 10`.

Para cada lista, fizemos a pontuação semelhante à da Fórmula 1:

1º lugar – 25 pontos

2º lugar – 18 pontos

3º lugar – 15 pontos

4º lugar – 12 pontos

5º lugar – 10 pontos

6º lugar – 8 pontos

7º lugar – 6 pontos

8º lugar – 4 pontos

9º lugar – 2 pontos

10º lugar – 1 ponto

Depois, tudo é somado e chegamos ao resultado final!